Conheça a P2 de Tremembé, o ‘Presídio dos Famosos’ para onde Robinho foi transferido

O ex-jogador foi transferido para presídio de Tremembé na noite da última quinta-feira (21) após a Justiça Federal de Santos expedir um mandado de prisão
2024-03-22 10:38:11

Após audiência de custódia na Polícia Federal de Santos e exame de corpo de delito, na noite da última quinta-feira (21), Robinho foi transferido para o complexo prisional de Tremembé, no interior de São Paulo.

São pouco mais de 210 km de distância entre o presídio e a cidade no litoral paulista. Isto foi acertado após o jogador se entregar, no dia seguinte à determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele cumpra no Brasil a sentença de nove anos em regime fechado por estupro coletivo, após condenação na Itália.

Robinho transferido para presídio de Tremembé

  • Transferência de Robinho para o presídio de Tremembé, interior de São Paulo, após determinação do STJ;
  • Audiência de custódia e exame de corpo de delito precederam a transferência para a penitenciária;
  • O ex-jogador terá que cumprir a sentença de nove anos, inicialmente em regime fechado, por estupro coletivo cometido na Itália.

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Cabe recursos

Os advogados de Robinho agora vão tentar novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), para que o ex-atacante aguarde os recursos do processo em liberdade. O primeiro pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux. A análise, porém, só deve acontecer após o feriado de Páscoa.

Enquanto isso, a Justiça dá sequência aos trâmites da detenção do ex-jogador.

Após ser preso, o ex-atacante passou por exame no Instituto Médico Legal (IML), audiência de custódia e foi encaminhado ao presídio de Tremembé.

P2 Tremembé

A Penitenciária 2 de Tremembé é conhecida por receber envolvidos em casos de grande repercussão nacional, mas não líderes de facções criminosas. O local foi inaugurado em 1955 e tem pavilhões de regime semiaberto e fechado.

Entre os detidos mais conhecidos que passaram pelo Tremembé nos últimos anos estão: Suzane von Richthofen, presa por matar seus pais em 2002, Cristian Cravinhos, cúmplice de Suzane, Elize Matsunaga, condenada por matar o marido Marcos Matsunaga, e Edinho, filho de Pelé, punido por lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

Conheça o "Presídio dos Famosos"

Segundo informações do portal G1, a Penitenciária 2 de Tremembé, com capacidade para 584 presos entre os regimes semiaberto e fechado, atualmente abriga 434 detentos.

Dividida em dois pavilhões de regime fechado e um alojamento para presos do semiaberto, os detentos realizam suas refeições diárias nas celas e têm acesso ao banho de sol.

Equipada com diversas instalações, como cozinha, igreja, sala de aula, biblioteca, campo de futebol, horta e as fábricas da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), a penitenciária proporciona oportunidades de trabalho para os presos, mesmo no regime fechado.

As fábricas dentro da P2 produzem carteiras e cadeiras escolares, fechaduras, pastilhas desinfetantes para vasos sanitários, entre outros produtos.

Além do trabalho, os detentos têm acesso a cursos de capacitação profissional oferecidos pela Funap, visando à redução de pena pelo programa de remição pelo trabalho, no qual a cada três dias de trabalho, um dia de pena é abatido, mediante autorização judicial.

A penitenciária também oferece atividades culturais e educacionais, como cursos de teatro, oficinas de leitura e origami, e uma biblioteca equipada com mais de 7,5 mil títulos.

Entenda o caso Robinho

Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana pelo estupro em grupo de uma mulher albanesa, em 2013. A decisão definitiva, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, é de janeiro de 2022, quando o atleta já tinha retornado ao Brasil.

No fim do mesmo ano, o Ministério da Justiça da Itália enviou pedido de extradição de Robinho, que foi negado pelo Governo – o país não extradita seus cidadãos natos.

Na sequência, os italianos acionaram o STJ para que a sentença fosse homologada para surtir efeitos no Brasil.

Este foi o pedido analisado pela Corte Especial do STJ. A Justiça brasileira não discutiu o mérito da ação italiana, a que condenou Robinho. O ex-jogador afirma que a relação foi consensual e nega o estupro. Robinho entregou seu passaporte ao STJ no ano passado e estava proibido de deixar o país.

O crime aconteceu em janeiro de 2013, na boate Sio Café, de Milão. Segundo a investigação, Robinho e mais cinco brasileiros teriam participado do ato. Além do ex-jogador, outro brasileiro, Ricardo Falco, foi condenado aos mesmos nove anos de prisão.

Falco também é alvo de um pedido da Itália para cumprimento da pena no Brasil. O processo contra ele no STJ ainda não foi pautado para julgamento.

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