Em comunicado à CBF, Cruzeiro manifesta preocupação com gripe suína na Argentina

O Cruzeiro veio a público neste domingo para mostrar que está atento ao avanço da pandemia de gripe suína que acomete a Argentina no momento. Após a derrota por 1 x 0 para o Goiás, neste domingo, em Goiânia, o diretor de futebol celeste, Eduardo Maluf, disse que o Clube enviou um ofício à Confederação […]
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sambafoot_admin
2009-07-06 18:39:00

O Cruzeiro veio a público neste domingo para mostrar que está atento ao avanço da pandemia de gripe suína que acomete a Argentina no momento. Após a derrota por 1 x 0 para o Goiás, neste domingo, em Goiânia, o diretor de futebol celeste, Eduardo Maluf, disse que o Clube enviou um ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre o assunto.

Eduardo Maluf pede que a CBF encaminhe à Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol) um pedido para que a entidade pondere junto às autoridades sanitárias da Argentina a viabilidade de Cruzeiro e Estudiantes disputarem na próxima quarta-feira, em La Plata, o jogo de ida da final da Copa Santander Libertadores.

“O Cruzeiro oficializou à CBF hoje (domingo) essa preocupação para que eles enviem ao comitê de urgência da Conmebol. Queremos que seja feira uma avaliação com os órgãos competentes da Argentina. Não adianta o vice-presidente de futebol do Estudiantes nos dar garantia, o diretor de futebol do Cruzeiro dar garantia. Nós precisamos é que assumam as responsabilidades. Se tem condição ou não de ter o jogo”, afirmou.

O dirigente cruzeirense afirma que os últimos acontecimentos referentes à nova gripe na Argentina fizeram com que o Cruzeiro tomasse a atitude de consultar as entidades competentes.

“Estamos acompanhando nos últimos dias as notícias que têm vindo de Buenos Aires, que têm nos deixado preocupados. O ministro da Saúde deu algumas declarações, cidades da província de Buenos Aires estão em estado de emergência sanitária. Já não existe mais nenhum evento esportivo, todos eles cancelados. Estão tomando posições que têm deixados todos nós muito preocupados”, contou.

Maluf deixou claro que não se trata de um pedido para que a partida seja retirada de La Plata. Ele lembra que um impasse gerado pela propagação de gripe suína no México, há menos de dois meses, resultou no cancelamento das oitavas-de-final que envolviam os mexicanos Chivas e San Luis.Não houve acordo para a transferência dos jogos para outros países. Ele espera que a Conmebol mostre a mesma firmeza agora.

“Nós não estamos querendo tirar mando de jogo de ninguém. Queremos que a Conmebol tenha o mesmo princípio de avaliação quando existiu esse surto de gripe na Cidade do México. Independentemente do clube e da situação, naquela ocasião ela primou pela integridade dos atletas. No nosso entender, a situação hoje é muito caótica e nós temos confiança. Sabemos que a Conmebol é firme em suas colocações”, disse.

O diretor de futebol admite que há receio entre jogadores, comissão técnica e diretoria e não abre mão das garantias de que o Cruzeiro estará seguro na Argentina.

“Queremos sair totalmente resguardados daqui. Comunicamos a CBF, vamos olhar com os órgãos de saúde do Brasil, e queremos que a Conmebol avalie com os órgãos de saúde da Argentina. Não pode ser por palavra de presidente da AFA (Associação do Futebol Argentino) ou de clube, porque não é a garantia que a gente precisa”, explicou.

De sua parte, o Cruzeiro tem tomado as precauções possíveis. A viagem a Buenos Aires, que estava prevista para segunda-feira, já foi remarcada para terça-feira e pode sofrer nova mudança. O Clube cogita deixar o Brasil na quarta-feira, dia do jogo.

“Nós sairíamos daqui de Goiânia em um voo de carreira na segunda-feira, treinaríamos lá na segunda e na terça para jogar na quarta, e voltaríamos na quinta. Era o procedimento normal. Dentro das notícias que vieram, passamos essa saída para terça-feira, em voo fretado, direto para um hotel, um andar todo disponibilizado para o Cruzeiro, toda segurança no que diz respeito à higienização”, detalhou.

“Agora já existe uma possibilidade de irmos no dia do jogo, porque quanto mais exposto você está lá, mais perigoso é. Só que você não pode mudar uma programação normal do futebol para ir a um lugar em que há risco. Acho que ninguém vai sair daqui tranquilo”, concluiu.

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