O treinador Odair Hellmann se despediu do Fluminense nesta segunda-feira (7), para migrar ao clube árabe Al Wasl do Emirados Árabes Unidos.
“Diante da formalização de irrecusável proposta do Al Wasl SC [clube de Dubai], comuniquei à diretoria do Fluminense, com a qual sempre travei o melhor diálogo, que respondi positivamente ao convite para assumir o comando técnico da equipe árabe". comentou em nota.
Hellmann estava no clube desde dezembro de 2019.
Sendo o único treinador dos quatro times do Rio de Janeiro que não foi substituído por um treinador estrangeiro, sequer demitido em 2020.
A oferta do Al Wasl, de acordo com o Globo Esporte ronda 10 milhões de reais por dois anos, mais agremiações. Isso corresponde a 600 mil por mês em vencimentos. No Tricolor das Laranjeiras seu salário mensal rondava os R$ 250 mil.
Por horas os torcedores do Flu ficaram desconfiados que o time iria atrás de Tiago Nunes, ex-comandante do Corinthians.
Em seu lugar, o Fluminense anunciou Marcão, auxiliar-técnico e treinador do sub-23, será incorporado como novo técnico. O profissional ficará sob nova função até o fim da temporada, em fevereiro de 2021.
Sua estreia será à frente do Vasco da Gama, no domingo (14), pela 25ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. O ex-volante já até dirigiu o primeiro treino do Flu na mesma segunda-feira passada.
A saída de Odair ao Fluminense reascende a discussão sobre quem é o vilão no futebol brasileiro: o time que não tem paciência ou o próprio técnico que alimenta esse sistema?
Ao migrar em meio uma pandemia, o treinador foi mega criticado. Ao mesmo tempo, é entendível que em um mercado tão instável como o futebol brasileiro, a melhor coisa é buscar um local instável e sem tanta pressão, o que ele terá no outro continente.