O ano era 1957, precisamente dia 23 de março. O Brasil jogava a Copa América e tinha pela frente a seleção colombiana. Então, em uma goleada histórica por 9 x 0, um homem, atacante e artilheiro, marcou incríveis 5 gols no mesmo jogo (manita). Detalhe: participou diretamente de 6 dos 9 gols. Pelé? Garrincha? Quem será?
Em resumo, a seleção brasileira já tinha vencido seus dois primeiros compromissos: 4 x 2 no Chile e 7 x 1 no Equador. Dessa forma, frente à Colômbia, o show fora ainda maior. Tanto que entrou para a história um tal de Evaristo de Macedo.
Assista aos melhores momentos de Brasil 9 x 0 Colômbia (sem os três primeiros gols de Evaristo)
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Evaristo de Macedo foi o único jogador a marcar 5 gols em um mesmo jogo pela seleção brasileira
Primeiramente, o Brasil abriu o placar com Pepe, aos 27 minutos do 1º tempo. Já no final da etapa inicial, Evaristo de Macedo anotou um hat-trick em menos de cinco minutos: aos 41′, aos 44′ e aos 45′.
Já na segunda etapa, Didi marcou um duo, anotando aos 50′ e aos 60′. Evaristo fez seu poker-trick aos 75′, Zizinho ampliou a vantagem aos 85′ e Evaristo selou a goleada aos 86′, convertendo sua manita.
Assim, Evaristo de Macedo estabeleceu um recorde de gols de um só jogador em partidas contra seleções nacionais, ainda em vigor. Além disso, é o jogador com mais gols em um mesmo jogo pela seleção brasileira.
Infelizmente, os tentos não foram filmados pela precariedade tecnológica da época. Mas o Sambafoot te conta como foram todos os gols brasileiros na goleada histórica que colocou De Macedo na história.
Brasil 9 x 0 Colômbia – Copa América 1957
Após lançamento de Didi pela direita, Joel sofreu a falta, que era quase um escanteio, e cobrou na área. Em um voleio sem pulo, Pepe, o Canhão da Vila, abriu o marcador em um golaço.
Mais tarde, aos 41′, foi a hora que começou o hat-trick de Evaristo. Didi lançou o artilheiro, que chutou sem defesa para Efraín Sánchez. Quatro minutos depois, Zizinho tabelou com Roberto Belangero, que lançou Evaristo livre que marca o terceiro tento.
O quarto gol surgiu no último minuto da etapa inicial, convertendo à Evaristo seu triplete. Joel invadiu pela direita e desferiu uma bomba que Efraín defendeu parcialmente. Entretanto, no rebote, Evaristo só escorou, fazendo 4 x 0.
Já na etapa complementar, o Brasil aumentou o ritmo. Assim, logo aos quatro minutos, golaço de Didi. Pepe cruzou da esquerda e Folha Seca, que estava de costas, marcou de letra, um golaço. O sexto tento também foi de Didi, que completou uma linda troca de passes do ataque brasileiro aos 14 minutos.
Aos 29 minutos, Zizinho faz um lançamento longo para Evaristo, que invadiu a área, driblou o goleiro e tocou para o fundo do gol. O oitavo saiu aos 40′, Cláudio trocou passes com De Macedo pelo lado direito, que chutou para o gol, a bola desviou no defensor e sobrou para Zizinho, livre na área, para marcar.
Por fim, o último gol surgiu aos 42 minutos: Nílton Santos fez um lindo lançamento para Evaristo, dentro da área, que pisou na bola (não escorregando, mas, sim, a dominando já ajeitando para a finta), fazendo ela subir. Então, o camisa 9 matou no peito e, sem deixar a bola tocar o chão, chutou, fechando o placar em 9 x 0.
Sem Evaristo de Macedo, Brasil perde a final para a Argentina por 3 x 0
1º tempo
O Brasil chegou a final da Copa América, mas perdeu por 3 x 0 para a Argentina. Logo aos 10 minutos de jogo, o técnico Osvaldo Brandão já havia sacado Evaristo, lesionado, para coloca Índio em campo. O time tupiniquim teve Nílton Santos como reserva e Olavo foi o titular.
Então, sem Evaristo, Índio foi a referência e não deu muito certo. Os argentinos, com um elenco jovem, conseguiu atropelar os brasileiros. Aos 23 minutos, Maschio abriu o placar, mandando no canto de Gilmar. Os brasileiros chegaram até a empatar com Joel, mas o lance, aos 39 minutos, foi anulado por falta dele.
2º tempo
No intervalo, Castilho substituiu Gilmar. A outra substituição brasileira foi da estrela Zizinho (maior artilheiro das Copas América ao lado do argentino Norberto Méndez), descrito como “anulado” pela marcação de Rossi, sendo substituído por Dino Sani.
Pouco adiantou: Angelillo chegou a ampliar logo, mas o gol foi anulado por impedimento. O Jornal dos Sports chega a narrar que “os portenhos jogam fácil e bonito. Comandam a peleja pela contagem mínima, mas cumprem brilhante exibição. Quase todo o quadro portenho atua no campo (de defesa) do Brasil”.
Ainda assim, Índio quase empatou, em um voleio sem-pulo que raspou a trave de Domínguez. Aos 39 minutos, o ataque brasileiro já era descrito como completamente descontrolado. Angelillo quase marcou de cabeça. “O domínio é inteiramente dos portenhos. Jogam bonito. Jogam fácil. Dominam os rebotes. Ataques coordenados e seguros. Os brasileiros decrescem de produção. Não se entendem e são amplamente dominados”.
A torneira então se abriu nos minutos finais: aos 42′, Rossi passou por dois brasileiros, entregou a Angelillo, que acionou Maschio, que encobriu Castilho e pôs 2 x 0 no placar. Didi ainda levou perigo a Domínguez, em falta que Joel cobrou em direção ao gol.
Já a minutos do fim, Dino Sani perdeu a cabeça e empurrou Vairo. Na cobrança da falta, Maschio acionou Angelillo, que desferiu um balaço na trave. Cruz aproveitou o rebote e encheu o pé: 3 x 0 assinalados aos 46 minutos.