A Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2022 já terminou, mas ainda está causando discussões. Isso porque, o Flamengo está sendo processado por não usar o número 24 na camisa durante a competição sub-20. Um grupo de defensores da causa LGBTQIA+ entrou com uma ação contra o Rubro-Negro no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), alegando violações dos direitos humanos, especificamente crimes de homofobia e discriminação.
“Pela atitude do réu em violações constantes aos direitos humanos, tornou evidente a caracterização da discriminação, previsto nos artigos da Constituição, instrumentos internacionais e pela equiparação da homofobia e xenofobia ao crime de racismo, sendo passível de indenização”, cita o advogado Carlos Nicodemos, responsável pela petição do caso, que está na 21ª Vara Cível do TJRJ.
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Entenda o caso
Segundo o jornal O Globo, o grupo Arco-Íris, defensor da causa LGBTQIA+, entrou com uma ação na Justiça acusando o Flamengo de repetidamente violar direitos humanos. Os membros do movimento afirmam que a falta de uso do número 24 nas camisas durante a Copa São Paulo de Futebol Júnior configura crime de homofobia. A ação solicita uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais coletivos ao Rubro-Negro.
Arco-Íris, grupo LGBTQIA+, entrou com uma ação contra o Flamengo por violação dos direitos humanos.
Grupo aponta homofobia do Fla ao não usar a camisa 24 na Copinha. Arco-Íris já havia acionado a CBF na Justiça pelo mesmo motivo.
A indenização pedida é de R$ 1 milhão.
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— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) February 11, 2023
Além de acusarem o Flamengo de homofobia, os participantes do grupo Arco-Íris também alegam discriminação de origem. Isso foi motivado por uma postagem feita por uma diretora do Flamengo que atacou a população nordestina logo após as eleições presidenciais, em outubro de 2022.
Essa não é a primeira vez em que o grupo Arco-Íris entra com uma ação contra a CBF ou Flamengo. Anteriormente, eles já haviam aberto um processo devido ao fato do Flamengo não ter usado o número 24 nas camisas na categoria masculina da Copa América de 2021. O caso resultou em um acordo entre o grupo e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para combater a LGBTfobia. O acordo encerrou a ação por danos morais coletivos à comunidade LGBTQIA+.