Brasileiros que “viraram a casaca” reforçam seleções rivais na Copa; confira lista

Relembre casos de brasileiros que jogaram por outras seleções.
2022-01-19 13:41:07

Quem acompanhou a Eurocopa no ano passado pôde observar diversos jogadores nascidos no Brasil defendendo outros países. Um desses casos foi o meia Jorginho, do Chelsea, campeão e eleito o melhor jogador da competição. O atleta, que se naturalizou italiano, é brasileiro natural de Santa Catarina.

Nesse ano teremos Copa do Mundo, será que veremos mais brasileiros em campo vestindo a camisa de outras seleções? O Sambafoot irá listar para você os brasileiros que já jogaram e que ainda podem entrar em campo defendendo as cores de outros países.

Europa

Alemanha

O ex-jogador Karl Hansen pode ter sido o primeiro brasileiro a jogar na Europa. Natural de Porto Alegre, ele fez sucesso no clube alemão Altona e defendeu a seleção do país entre 1910 e 1911.

O atacante Cacau, revelado pelo Nacional-SP em 1997, fez sucesso no Stuttgart entre 2003 e 2014, o que o levou a ser convocado pela seleção alemã para a Copa de 2010. Kevin Kuranyi, que jogou nas categorias de base do Serrano-RJ, foi ídolo no Schalke 04 entre 2005 e 2010 e disputou as Euros de 2004 e 2008 pela Alemanha.

O ponta Oliver Batista Meier, de apenas 20 anos, é filho de mãe cearense e já jogou em seleções de base do país europeu. Ele foi relevado pelo Bayern em 2020 e vive expectativa de convocação. Atualmente ele defende as cores do Dynamo Dresden.

Áustria

O zagueiro Luan, do clube grego Ionikos, jogou por cinco anos no futebol austríaco e chegou a ter a sua convocação especulada quando defendia o St. Polten, entre 2018 e 2021, o que não se confirmou.

O meia Adrianinho, que jogou na Ponte Preta e no Corinthians entre 1998 e 2004, chegou a se naturalizar austríaco, devido à parentes nascidos no país, mas não chegou a ser convocado.

Azerbaijão

O meia-atacante Richard Almeida foi revelado pelo Santo André, em 2009, mas desde 2012 joga no futebol do Azerbaijão. O jogador, que hoje defende o Qarabag, é nome comum nas listas de convocação do país desde 2017, quando fez a naturalização.

Bélgica

O ex-atacante maranhense Luís Oliveira nunca jogou por clubes brasileiros. Ele foi comprado pelo clube belga Anderlecht, em 1985, quando ainda jogava nas categorias de base do Tupan-MA. Ele fez tanto sucesso no clube que foi convocado para várias vezes para a seleção entre 1992 e 1999 Ele disputou, inclusive, a Copa de 98 pela Bélgica.

Filhos de mãe brasileira, os jogadores Gabriel e Laurent Lemoine de 20 e 23 anos, respectivamente, jogaram nas seleções de base da Bélgica. O primeiro, que é atacante do Hartsberg (Áustria) e o segundo, zagueiro do Lommel (Bélgica), vivem expectativa de serem lembrados em convocações futuras do país.

Bulgária

O lateral-direito Cicinho, revelado pelo Remo em 2007, chegou no Ludogorets, da Bulgária, em 2015. Desde então ele é destaque recorrente do campeonato local. Isso fez com que, desde 2020, ele começasse a ser convocado recorrentemente para a seleção búlgara.

Croácia

Os atacantes Eduardo da Silva e Sammir jogaram a Copa de 2014 pela Croácia. Eduardo foi comprado pelo Dinamo Zagreb quando jogava na base do Nova Kennedy-RJ, em 1999. Ele jogou tão bem no país que chegou a ser contratado pelo gigante inglês Arsenal em 2007. Teve passagem rápida pelo Flamengo entre 2014 e 2015. Já Sammir foi revelado pelo Athletico-PR em 2004, também se destacou pelo Dinamo Zagreb, entre 2007 e 2017.

Espanha

O Brasil já teve muitos representantes na seleção espanhola. Marcos Senna, que jogou no Corinthians entre 1999 e 2000, chegou a disputar a Copa de 2006 pela Espanha, país onde foi ídolo do Villarreal entre 2002 e 2013.

Diego Costa, que foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil com o Atlético-MG em 2021, defendeu a Espanha nas Copas de 2014 e 2018. Ele é considerado ídolo do Atlético de Madrid, onde jogou de 2010 a 2014 e de 2018 a 2020.

Thiago Alcântara, do Liverpool, e Rodrigo Moreno, do Leeds, foram convocados para a Copa de 2018 e podem estar presentes na lista desse ano. Lucas de Vega, cearense que joga nas categorias de base do Barcelona, pode aparecer na seleção Roja nos próximos anos.

Itália

Assim como na Espanha, a Itália também já se acostumou a ver brasileiros vestindo a camisa de sua seleção. Filó foi campeão da Copa de 1934. Angelo Sormani e Mazzola disputaram a Copa de 1962. Thiago Motta foi convocado para a Copa de 2014.

Jorginho (Chelsea), Emerson Palmieri (Lyon) e Rafael Tolói (Atalanta) foram campeões com a Azzurra na Eurocopa do ano passado e podem estar presentes na lista de convocados para a Copa no fim desse ano.

Polônia

O zagueiro Thiago Cionek foi revelado pelo Cuiabá em 2005. Sua passagem pelo Jagiellonia, da Polônia, entre 2008 e 2012, despertou o interesse dos dirigentes do país. Ele hoje defende o Reggina, da Itália, e chegou a disputar a Copa do Mundo de 2018 pela seleção polaca.

Portugal

Deco em 2006, Pepe em 2010, 2014 e 2018 e Liédson em 2010 foram os brasileiros que disputaram Copas por Portugal. Além de Bruno Alves, que nasceu na “terrinha”, mas é filho de pai brasileiro, que jogou a Copa de 2018.

Os atacantes Matheus Nunes (Sporting), Rony Lopes (Olympiacos) e Marcos Paulo (Famalicão) são alguns brasileiros que podem surpreender e aparecer na lista de convocados de Portugal para a Copa de 2022.

Rússia

Mário Fernandes, revelado pelo Grêmio em 2009, joga no CSKA Moscou desde 2012. O lateral-direito já foi convocado para a Copa do Mundo, em 2018. O goleiro Guilherme Marinato, do Lokomotiv Moscou, já foi convocado algumas vezes para a seleção russa. Ele foi revelado pelo Athletico-PR em 2003 e está no clube europeu desde 2007.

Turquia

Marco “Mehmet” Aurélio foi revelado pelo Flamengo em 1995. O volante fez história no futebol turco, onde jogou por 8 anos. Se tornou ídolo do Fenerbahçe, clube que defendeu entre 2003 e 2008. Ele chegou a ser semifinalista da Eurocopa de 2008 com as “Estrelas Crescentes”.

Ucrânia

Marlos ficou conhecido no Brasil após defender o São Paulo entre 2009 e 2011. Ele hoje está sem clube, mas se tornou ídolo do Shakhtar, da Ucrânia, clube que defendeu entre 2014 e 2021. Ele disputou a Eurocopa no ano passado pelos “Amarelos-Azuis”.

América do Sul

Argentina

Aarón Wergifker nasceu no Brasil, em 1914, enquanto seus pais faziam escala para a Argentina. Se tornou um dos maiores ídolos do River Plate, onde jogou entre 1932 e 1941. Ele chegou a defender a seleção dos “hermanos” em 1934, sendo o único brasileiro da história a conseguir tal feito.

Bolívia

Filho de pai brasileiro, Marcelo Moreno se destacou por aqui nas suas passagens pelo Cruzeiro, clube que defendeu em 2007, 2008, 2014 e está desde 2020. Ele é considerado o melhor jogador do futebol boliviano. É, também, o capitão e maior artilheiro (28 gols) da história da seleção do centro-oeste sul-americano.

América Central

Costa Rica

Alexandre Guimarães, de 62 anos, se mudou aos 11 anos para a Costa Rica, devido a trabalho dos pais. Virou jogador de sucesso no país, tendo disputado a Copa de 1990 com a seleção costarriquenha. Seu filho, Celso Borges, seguiu os caminhos do pai. O meia-atacante do La Coruña, da Espanha, disputou a Copa de 2018 e também deve estar na próxima.

América do Norte

Estados Unidos

Benny Feilhaber nasceu no Rio de Janeiro em 1985, mas se mudou para os Estados Unidos seis anos depois. O meia-atacante do Sporting Kansas City disputou a Copa do Mundo de 2010 pela seleção norte-americana.

México

Filhos de pais brasileiros, Giovani e Jonathan dos Santos disputaram a Copa de 2018 pela seleção mexicana. Os meias de 32 e 31 anos, respectivamente, devem estar presentes na Copa desse ano. Giovani estava no América, do México, até o fim do último ano. Já Jonathan defende o Los Angeles Galaxy.

Os brasileiros Zaguinho (1994 e 1998) e Sinha (2006) foram os outros brasileiros que já defenderam a seleção Azteca em Copas do Mundo.

África

Guiné Equatorial

O atacante Jônatas Obina, de rápida passagem pelo Atlético-MG em 2011, tem dupla cidadania e foi lembrado e convocado pela seleção de Guiné Equatorial em 2013. Revelado pelo Barra-MT, em 2006, ele disputou a temporada de 2021 pelo Passo Fundo-RS, aos 36 anos.

Líbia

O atacante Metheus Henrique, ex-Bahia e Figueirense, é ídolo na Líbia. Ele se destacou no Asswehly e hoje está no Al Madina, dois clubes do país africano. Ele vive a expectativa de ser convocado para a seleção libanesa nos próximos meses.

Togo

O volante Hamilton, que jogava no Sergipe, foi convocado pela seleção do Togo em 2003, a pedido do técnico brasileiro Antônio Dumas. Ele chegou a entrar em campo apenas uma vez pelo país africano. Ele se aposentou em 2017 do futebol, aos 37 anos.

Tunísia

O meia Clayton disputou as Copas de 98 e 2002 pela Tunísia. Revelado pelo Moto Clube-RO em 1993, se mudou já em 1995 para o Étoile du Shel, onde se tornou ídolo e começou a ser convocado pela seleção vermelha pouco depois.

Francileudo Santos, que saiu do país ainda nas categorias de base do Sampaio Corrêa-MA, quando foi vendido para o Standard Liège, da Bélgica, em 1998, alcançou o seu ápice no mesmo clube de Clayton em 1998. Ele se naturalizado tunisiano e disputou a Copa de 2006 pela seleção.

Ásia

Catar

Emerson Sheik, antes de se tornar ídolo do Corinthians, chegou a ser convocado pela seleção do Catar em 2008, após ter se destacado no Al Sadd. Rodrigo Tabata, que jogou no Santos entre 2006 e 2008, foi convocado entre 2015 e 2017 pela seleção catari. Ele joga no mesmo clube onde Emerson se destacou.

China

Elkeson (ex-Botafogo), Alan (ex-Fluminense), Fernandinho (ex-Flamengo) e Aloísio (ex-São Paulo) se destacaram na China nos últimos anos e foram convocados recentemente pela seleção de lá. Os jogadores tentam ajudar o país a confirmar vaga na Copa e podem disputar o torneio máximo do futebol no fim do ano.

Emirados Árabes

Fábio Lima, atacante do Al Wasl desde 2014, foi revelado pelo Icasa-CE em 2011. Ele fez tantos gols pelo clube que começou a ser convocado pela seleção do país em 2020. Foram 133 gols em 173 jogos até aqui.

O atacante Caio Canedo, que passou pelo Botafogo entre 2009 e 2012, joga no Al Ain e também começou a ser convocado pela seleção em 2020.

Japão

Wagner Lopes disputou a Copa de 1998 pelo Japão. Ele havia jogado pelo São Paulo entre 1985 e 1987, antes de ficar o resto da sua carreira no Oriente. Alex Santos, meia que disputou as Copas de 2002 e 2006 pela seleção japonesa jogava na base do Grêmio Maringá em 1993 antes de ser vendido para o Meitoku Gijuku, ele se tornou lenda no país posteriormente. Túlio Tanaka disputou a Copa de 2010, ele foi vendido pela base do Mirassol em 1997 ao Shibuya e ficou no país do sol nascente pelo resto da sua carreira.

Timor Leste

Alan Leandro foi vendido pelo Rio Preto-SP para o Dili United, do Timor Leste, em 2012. Logo no primeiro ano no país ele foi convocado para a seleção local naquela época, onde jogou 4 partidas e fez 3 gols.

Oceania

Austrália

Cássio, ex-lateral do Flamengo, clube que defendeu entre 2000 e 2004, chegou a se naturalizar australiano para tentar disputar a Copa de 2014 pelo país da Oceania, o que não aconteceu. Ele jogou no Adelaide FC de 2007 a 2014, e foi eleito o melhor jogador brasileiro da história do futebol da Austrália pela revista “FourFourTwo”, em 2011.