O treinador da seleção brasileira, Tite, revelou que pensou em sair do comando durante o período de preparação para a Copa do Mundo do Catar. No segundo ciclo de mundiais, o técnico deu entrevista a TV Globo, no último domingo (6).
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— Bruno Marinho (@bruno_marinho) November 7, 2022
A dúvida ocorreu no momento pós-eliminação em 2018, após perder o jogo para a Bélgica, nas quartas de final. Tite já havia recebido o convite para continuar, mas pensou em recusar:
“Sim. Pensei, sim (em desistir). Por que ia passar de novo? Eu pensei: são quatro anos. Quatro anos é tempo para caramba até a Copa do Mundo. Eu vou buscar sempre ter a capacidade de buscar o melhor, a busca é uma característica minha, a inquietude do saber, de ler, de buscar informações. São quatro anos, demorado, a cultura do futebol brasileiro será que vai me permitir ter essa paciência ou compreender esse processo todo para chegar em quatro anos. Andei do posto seis ao posto 13 (na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro), ao posto oito umas 500 vezes. Falei com a minha esposa mais um monte, falei com os meus irmãos, com os meus filhos… E dessa exposição toda que traz, o prazer muito grande, uma realização, uma pressão. E aí decidi. Mas nesse momento eu balancei para poder aceita”.
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Família ajudou Tite
O técnico também revelou que uma conversa com sua família ajudou a decidir na sua permanência na seleção:
“Um argumento que a minha filha me disse: pai, você é construtor de equipe, todos os trabalhos que você teve sucesso você teve começo, meio e fim. Agora está tendo a possibilidade e não vai querer. Você pegou antes que era mais difícil. Período de recuperação, equipe que era 6ª colocada (nas eliminatórias). Você jogou toda a sua carreira em risco, se não classifica para o Mundial você seria tachado como primeiro técnico que não classificou para o Mundial em toda a história. Não vou te encorajar para criar todo um processo?”
