Na convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2022, no Qatar, 22 dos 26 jogadores atuam no futebol europeu. Contudo, há 40 anos, em 1982, por conta das restrições de inscrição de estrangeiros nos clubes da Europa, nunca um atleta brasileiro que jogava no Velho Continente havia representado o Brasil em Copas do Mundo. Isso mudou quando Telê Santana chamou Paulo Roberto Falcão, da Roma (Itália) e Dirceu Lopes, do Atlético de Madri (Espanha), para o mundial daquele ano.
A Copa de 1982 foi a primeira dos anos 1980, que ficaram marcados pelo início da ida de vários jogadores brasileiros para o futebol europeu, especialmente para a Itália. Depois de Falcão, Zico, Junior e Sócrates, por exemplo, mostraram seus talentos em campos italianos.
Contudo, vale ressaltar que o Brasil já havia sido representado por jogadores que atuavam fora do país na época da Copa do Mundo antes de 1982, mas não na Europa. Em 1934, por exemplo, o atacante Patesko, que jogava no Nacional, no Uruguai, foi chamado para o mundial da Itália.
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Jogadores “europeus” viraram regra
A partir dos anos 1990, especialmente com a vigência da Lei Bosman, que ampliou o intercâmbio de atletas de outros países para o Velho Continente, a maioria dos convocados da seleção brasileira passou a ser de jogadores que atuam na Europa. As exceções, coincidentemente, aconteceram em anos de títulos mundiais do Brasil, em 1994 e em 2002, quando os “europeus” não eram maioria dentre os selecionados.
Convocação oficial do Brasil.
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— Thomas Alencar (@thomasalencr) November 7, 2022
A seleção brasileira viaja no dia 14 de novembro para Turim, na Itália, onde fará preparação para a Copa do Qatar. O elenco viaja no dia 19 para a sede do mundial, onde fará estreia no dia 24 de novembro, diante da Sérvia, às 16 horas (horário de Brasília).