“Não há pacto para evitar falas sobre política na seleção brasileira”, disparou volante da seleção

Fabinho contou que os jogadores na seleção brasileira não combinaram acordo para evitar posicionamentos políticos, como o de Neymar a Bolsonaro

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Josué Seixas

2022-11-02 14:44:18

“Não fizeram acordo para evitar se posicionar sobre política durante as eleições presidenciais”, declarou o volante brasileiro, Fabinho, do Liverpool, às vésperas da Copa do Mundo 2022 do Catar. Atleta explica que não ouviu nada de ninguém sobre falar ou não falar. “Acho que cada um se posiciona da maneira que quer. Não houve pacto, nem reunião, nem nada”, contou o jogador ao canal TNT Sports.

O técnico Tite indicou não haver vetos a manifestações políticas de seus convocados, em entrevista recente ao Estadão. Ele destacou, porém, que eventuais apoios deveriam acontecer de maneira privada, sem interferir no desempenho e dedicação à Seleção.Tire relembra que deu uma resposta em 2017, e que continua a mesma. Quando o presidente era o Michel Temer, afirmando que não iria nem na ida nem na volta, se perdesse ou ganhasse. “Às vezes, com o tempo, a gente modifica, reformata algumas posições, mas essa resposta continua a mesma”.

Não foi só um atleta da Seleção Brasileira que já se posicionou no passado a favor do presidente Jair Bolsonaro. Nomes como: o goleiro Alisson e o zagueiro Thiago Silva. Porém, o clima antes da eleição foi de poucas manifestações. A situação mudou na véspera do primeiro turno quando Neymar declarou apoio à reeleição de Bolsonaro em vídeo publicado nas suas redes sociais.

O atacante da Seleção Brasileira e do Paris Saint-Germain citou “democracia” e ironizou quem reprovou o seu posicionamento. “Falam em democracia e um montão de coisa, mas quando alguém tem uma opinião diferente é atacado pelas próprias pessoas que falam em democracia. Vai entender”, publicou o jogador.

Ele também participou por vídeo de uma live com Bolsonaro e declarou que apoiava a sua tentativa de reeleição. “Nunca falei isso em lugar nenhum, mas queria agradecer ao presidente, que, no momento mais difícil da minha vida, foi o primeiro a se posicionar publicamente dizendo que estaria do meu lado.” No segundo turno, a campanha do presidente usou a imagem de Neymar na propaganda eleitoral na TV.