De fora: Craques que nunca tiveram a chance de disputar uma Copa do Mundo

Relembre jogadores históricos que nunca defenderam a Seleção Brasileira no torneio
2022-04-14 01:25:08

O Brasil é uma verdadeira máquina de revelar talentos para o futebol. Desde a primeira edição da Copa do Mundo, em 1930, nomes conhecidos defendem a nossa Seleção na competição. Porém, a concorrência é alta e não há espaço para todo mundo.

Por isso, existem verdadeiros craques que nunca tiveram a oportunidade de defender o Brasil em um Mundial. A lista é grande, mas separamos oito nomes que fizeram história nos seus clubes e não receberam essa chance. Confira!

Friedenreich

Arthur Friedenreich é considerado o primeiro grande craque do futebol brasileiro. Seu nome seria natural para liderar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1930, mas ficou fora por questões políticas.

À época, as federações de Rio de Janeiro e São Paulo tiveram um desentendimento e os paulistas decidiram boicotar o torneio. Assim, ele não foi convocado. Com 23 jogos e 10 gols, participou dos primeiros títulos importantes da Seleção, como a Copa América de 1919.

Evaristo de Macedo

Evaristo de Macedo foi tricampeão carioca pelo Flamengo (1953, 1954 e 1955) e depois se transferiu para a Espanha, onde virou ídolo de Real Madrid e Barcelona. Jogou no futebol espanhol por 12 anos e foi um dos grandes nomes brasileiros da geração.

Porém, na época não era comum convocar jogadores que atuavam fora do Brasil e seu clube não o liberou, então Evaristo perdeu a oportunidade de jogar com Pelé no Mundial de 1958. Desde a sua venda para o Barcelona, em 1957, nunca mais vestiu a amarelinha.

Roberto Dias

Bicampeão paulista em 1970 e 1971, Roberto Dias é um dos grandes ídolos da história do São Paulo. Quarto zagueiro de origem e volante, era considerado um jogador muito técnico e gostava de distribuir chapéus. Um dos grandes fãs do seu futebol era Pelé, que reconhecia a sua habilidade.

Dias estava na pré-convocação para a Copa do Mundo de 1966, mas ficou fora da lista final. Ele disputou 25 jogos pelo Brasil e também atuou nas Olimpíadas de 1960, em Roma, onde fez dupla com Gerson no meio-campo. Anos depois, teve complicações cardíacas e ficou dois anos sem jogar.

Dirceu Lopes

Nome mais “polêmico” da lista, Dirceu Lopes enfileirou títulos com a camisa do Cruzeiro entre as décadas de 60 e 70. Na geração que conquistaria o tricampeonato no México, ele tinha uma vaga praticamente garantida com João Saldanha, mas não foi convocado pelo novo técnico Zagallo.

De acordo com as más línguas, o Príncipe foi preterido por Dadá Maravilha por intervenção do presidente Emílio Garrastazu Médici. As partes negam, mas é fato que Dirceu merecia ter jogado uma Copa do Mundo.

Neto

A geração mais nova conhece o comentarista pelas suas declarações fortes e memes nas redes sociais. Porém, o craque Neto é um dos maiores jogadores da história do Corinthians e foi destaque no título brasileiro de 1990.

Com 184 gols na carreira, era um excelente cobrador de faltas e também se destacava pelos lançamentos longos. Sua convocação para a Copa do Mundo de 1990 parecia certa, mas Sebastião Lazaroni decidiu não chamá-lo, o que gerou polêmica.

Evair

Um dos grandes jogadores brasileiros da década de 90, Evair brilhou no bicampeonato do Palmeiras em 1993 e 1994, além do título pelo Vasco em 1997. Também conquistou a Libertadores com a equipe paulista, em 1999.

Até pela excelente fase que vivia no Palmeiras e pelas convocações recentes, era um nome esperado na lista de Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Porém, não recebeu a oportunidade, assim como outros jogadores da equipe — Rivaldo era um deles.

Djalminha

Djalminha poderia ser um pentacampeão do mundo, mas um ato de indisciplina o tirou da lista de Felipão para a Copa de 2002. Meses antes do Mundial, ele deu uma cabeçada no técnico Javier Irureta quando defendia o Deportivo La Coruña, da Espanha. O técnico resolveu chamar Kaká no seu lugar.

Craque para muitos, o meia conquistou o Campeonato Espanhol pelo clube e também brilhou por Flamengo e Palmeiras no futebol brasileiro. Sua passagem na Seleção acabou com 14 jogos e cinco gols marcados.

Alex

Nome mais recente da lista, Alex foi um dos maiores jogadores do futebol brasileiro entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000. O meia brilhou com a camisa de Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro e ainda virou ídolo no Fenerbahçe, da Turquia.

Durante o ciclo da Copa de 2002, Alex foi convocado diversas vezes, mas ficou de fora da lista de Felipão. A principal explicação era a falta de sequência no Parma, da Itália. Ele voltaria à Seleção em 2004, como capitão do título da Copa América, mas também não teve a oportunidade de disputar o Mundial de 2006.