VP do Cuiabá rebate Luxemburgo: “Escola de treinadores brasileiros é ruim”

Cristiano Dresch discordou a fala de Luxemburgo, em que ele diz que o futebol brasileiro está deixando de jogar na base do improviso e da individualidade
Publicado em 10/08/2023 às 22h00

Vira e mexe se torna debate na imprensa brasileira a formação dos treinadores brasileiros e a forma como o futebol é praticado no Brasil. Nos últimos dias, o técnico do Corinthians, Vanderlei Luxemburgo, deu entrevista e defendeu o técnico brasileiro e reclamou que os jogadores daqui não estão mais jogando à base do improviso e da individualidade. A fala de Luxa viralizou e trouxe esse debate de volta.

O que aconteceu?

  • O vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, concedeu entrevista e foi questionado sobre a fala de Luxemburgo. O dirigente foi contra o que disse o treinador. Para Dresch, a escola brasileira de treinadores é ruim;
  • “O futebol brasileiro tem um grande problema na base, na formação de atletas e muito maior ainda na formação de profissionais de base: treinadores, preparadores físicos, treinadores de goleiros… todos os profissionais que envolvem uma comissão técnica. A gente tem um déficit muito grande hoje. No futebol, temos uma quantidade de pessoas empregadas que não têm qualificação. Temos muita gente no futebol que consegue arrumar emprego por amizade. E os treinadores brasileiros estão sofrendo muito a consequência disso. A escola de treinadores brasileiros é ruim", disse em entrevista ao Rolou o Melão, podcast da ESPN;
  • Para o dirigente, a grande quantidade de treinadores estrangeiros é um reflexo da escola ruim de técnicos no Brasil. “Precisa ser olhado para isso. Esse fenômeno do estrangeiro no Brasil não é uma coisa que acontece por acaso", explicou Dresch.

 

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Movimentos automatizados

Ainda na entrevista, Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá, explicou que não vê mais espaço para individualismo no futebol. E citou o futebol mais automatizado que se pratica na Europa.

“O futebol europeu é feito, em sua maioria, com movimentos automatizados. O futebol tem se tornado isso, esse ‘automatizado" tem levado vantagem em relação ao ‘resolver com o talento". O futebol virou físico, a questão física se impõe muito dentro de campo. A quantidade de treinadores brasileiros da Série A tem diminuído muito. Hoje são 13 (técnicos), amanhã podemos ter 14, 15, 16… [A formação de profissionais] é algo a ser pensado com urgência.", finalizou o dirigente.