Vitória do Bragantino em cima do Corinthians expõe política da Red Bull

No mundo, empresa austríaca faz investimento em revelar jogadores ao futebol mundial e no Brasil não está sendo diferente.
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Publicado em 26/01/2021 às 10h48

No fechamento da 32ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, na segunda-feira (25), o Red Bull Bragantino derrotou o Corinthians por 2 a 0 na Neo Química Arena. Os gols foram marcados por Helinho no segundo minuto de jogo e por Claudinho aos 42’.

Mas o que chama a atenção é a ambição da marca de energéticos por trás do massa bruta.

Vencer o Corinthians não é uma tarefa fase, mesmo sem estar no auge. Trata-se da segunda maior torcida do país. De acordo com levantamento do Jornal “Folha de São Paulo” em 2019, cerca de 14% dos brasileiros são “um bando de loucos”, lema característico puxado pela torcida do Timão.

A empresa austríaca Red Bull, atualmente tem times localizados em Nova York, como o New York Red Bull, que atua na Major League Soccer; Alemanha, RB Leipizig semifinalista da última Liga dos Campeões; e o Red Bull Salzburg, apenas o maior vencedor da Áustria nas duas últimas décadas. O clube sediado em Salzburgo venceu 14 o campeonato local, faturando sete Copas da Áustria e três Supercopas.

O investimento no Brasil não é mera coincidência, de acordo com Jay Nauhaus, do FC Diez Media, quem chefia o marketing da Conmebol, ao webinar oferecido pelo Instituto Cruyff, o Brasil é o maior mercado do futebol sul-americano.

A Red Bull adotou uma estratégia diferente e montou um clube do zero em 2007, nomeado Red Bull Brasil, em Campinas. A empresa chegou até oferecer a bebida para quem comprasse os ingressos, no entanto, a média de público era uma das piores do estado de São Paulo.

Em 2019 a multinacional decidiu associar ao Bragantino e investir no time, seu lema era “apostar” nas pratas da casa. Algo que faz ao redor do mundo com seus clubes, de lá saíram nomes como Matheus Cunha, o norueguês Erling Haaland e o estadunidense Tyler Adams.

O gol de Helinho significou uma vitória para o investimento a longo prazo da companhia e também a chance de aumentarem o investimento para os jovens do futebol brasileiro, em um Brasileirão que já conta com 25% de atletas vindos da categoria de base em todos os clubes.

Sim, o Brasil continua sendo o maior exportador e revelador de craques do mundo e a Red Bull está ciente disso.

Brasileira, jornalista e amante do futebol. Comecei a jornada em meados de 2016, escrevendo sobre o futebol francês e brasileiro, como posteriormente a Premier League....