Violência no estádio: CBF pede “punições drásticas” por episódios no final de semana

Dois jogos foram encerrados por invasões de torcedores: Ceará x Cuiabá, na Série A, e Sport x Vasco, na Série B
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Publicado em 17/10/2022 às 07h57

A CBF se pronunciou sobre os casos de violência dentro dos estádios na rodada deste final de semana. A entidade lamentou os episódios de violência nos jogos entre Ceará x Cuiabá, pela Série A, e Sport x Vasco, pela Série B.

O presidente cobrou medidas drásticas de punição ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e disse que espera que o tribunal “atue com o rigor necessário para banir os responsáveis pelas cenas chocantes”.

– Estamos indignados com as imagens que vimos hoje nas duas partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, competições com números recordes de participação popular nos estádios e que está sendo marcado pelo retorno das famílias. Esperamos que o STJD tome posições duras. Nos colocamos no lugar dos pais daquela criança desmaiada em Fortaleza. Nós aguardamos que punições drásticas sejam tomadas pelo tribunal. O futebol brasileiro não tem mais espaço para a violência e o retrocesso – disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

 

O STJD revelou que espera pelo recebimento das súmulas das partidas para, com o auxílio de vídeos e documentos, analisar as ações com base no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

– A Procuradoria agirá com rigor em todos os casos de violência nos estádios de futebol. Pais e todas as pessoas de bem precisam se sentir seguros em qualquer jogo de futebol no Brasil e vamos lutar para que seja essa a realidade – disse o procurador-geral do tribunal, Ronaldo Piacente.

Ceará x Cuiabá

O jogo entre Ceará x Cuiabá, pela Série A, foi paralisado por uma confusão generalizada nas arquibancadas. Assentos foram atirados no campo e policiais tiveram que usar balas de borracha. Muitos torcedores invadiram o campo para tentar fugir do tumultuo.

Os jogadores saíram do campo às pressas, correndo para os vestiários. A partida acabou aos 47 minutos do 2º tempo, quando ainda faltavam cinco para o término.

O árbitro Caio Max Augusto Vieira explicou na súmula a decisão de interromper a partida antes dos minutos finais. “Após 11 minutos do início da invasão, entrei em contato com o Comandante-Geral do policiamento Sr. Eduardo Souza Landim, tenente/coronel do batalhão BP Choque, que não me deu garantia de segurança para reiniciar a partida. Após 13 minutos do início da invasão, decidi dar por encerrado a partida, por entender que não haveria garantia de segurança para o reinício da partida, pois haveria ainda sete minutos por jogar referente ao restante do acréscimo do segundo tempo. Informo que ambas as equipes demonstraram não ter condições emocionais para continuar a partida”, diz um trecho do documento.

A confusão em Ceará x Cuiabá foi iniciada com uma briga da torcida alvinegra na arquibancada - Foto: Thiago Gadelha / SVM

A confusão em Ceará x Cuiabá foi iniciada com uma briga da torcida alvinegra na arquibancada – Foto: Thiago Gadelha / SVM

Sport x Vasco

Em um dos jogos mais esperados da Série B, uma confusão causou o fim da partida, antes dos últimos três minutos de jogo. O Sport vencia por 1 a 0, mas o atacante Raniel empatou para o Vasco.

Na comemoração, o jogador, revelado no rival Santa Cruz, provocou a torcida rubro-negra. Como resultado, torcedores arrebentaram o portão e invadiram o campo. Um deles agrediu uma profissional que estava no chão realizando cuidados médicos. Os atletas vascaínos correram para o vestiário e a polícia usou gás de pimenta.

Após quase uma hora do início da confusão, sem garantia de segurança, o árbitro Raphael Claus decidiu por encerrar o jogo. A diretoria do Sport não aceitou muito bem a decisão.

Imagens do conflito na Ilha do Retiro - Foto: Reprodução / Sportv

Imagens do conflito na Ilha do Retiro – Foto: Reprodução / Sportv

Confira a nota divulgada pela CBF:

“A CBF lamenta os episódios de violência ocorridos nos jogos Ceará x Cuiabá, pela Série A do Campeonato Brasileiro, e Sport x Vasco, pela Série B, assim como a necessária suspensão da partida Goiás X Corinthians, ontem, pela Série A, para evitar conflitos entre torcedores.

A entidade acredita que atos como esses afastam dos estádios os verdadeiros torcedores e as famílias, os patrocinadores e a boa imagem do futebol num mundo que busca hoje novos horizontes. A CBF aguarda que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) atue com o rigor necessário para banir os responsáveis pelas cenas chocantes ocorridas justamente no ano em que o futebol brasileiro tem muito a comemorar com os estádios lotados e os campeonatos sendo organizados com êxito nas quatro divisões.

– Estamos indignados com as imagens que vimos hoje nas duas partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, competições com números recordes de participação popular nos estádios e que está sendo marcado pelo retorno das famílias. Esperamos que o STJD tome posições duras. Nos colocamos no lugar dos pais daquela criança desmaiada em Fortaleza. Nós aguardamos que punições drásticas sejam tomadas pelo tribunal. O futebol brasileiro não tem mais espaço para a violência e o retrocesso – afirma o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.”

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Jornalista esportivo apaixonado por trazer as últimas notícias, análises e histórias emocionantes do mundo esportivo para uma audiência diversificada. Comprometido...