Fernando Diniz e Bruno Guimarães vivenciam a terceira parte de uma história de sucesso. O reencontro do volante do Newcastle com o treinador do Fluminense na seleção brasileira significa o ponto mais alto de uma relação que começou no Audax em 2014 e se fortaleceu no Athletico em 2018.
O que você precisa saber?
- A parceria fez com que a entrevista coletiva de Bruno, na noite deste domingo (10), fosse muito mais sobre Diniz do que a atuação do camisa 8 na goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia, na última sexta (8), quando deu assistência para o segundo gol de Rodrygo, distribuiu dribles e comandou o meio-campo. A todo instante, o volante valorizou os conceitos táticos do treinador
- “Quem conhece o Diniz sabe o quão especial ele vê o futebol, enxerga o futebol de uma maneira diferente, é um cara diferenciado. Ele gosta muito de conversar, ele sempre está falando com um, falando com outro, mostrando o estilo dele de jogar, o que ele pensa”, disse.
- “Eu tenho uma relação muito boa com ele, foi meu primeiro treinador, o técnico que me subiu no Audax, com 16 anos. Eu tenho bom conhecimento do estilo dele como pessoa e como treinador. Acredito que, com o tempo, as relações e o jeito de jogar só têm a melhorar”, completou.
Bruno chegou ao Athletico em 2017 para jogar no sub-20 e foi promovido ao elenco principal justamente com a contratação de Diniz, no início de 2018. A passagem do treinador pelo clube não foi das melhores, mas a entrada do volante no time titular foi essencial para o título da Sul-Americana ao término da temporada. Cinco anos se passaram até o novo reencontro, e o jogador usufruiu da mesma liberdade dentro de campo.
“O Diniz deixa a gente muito livre para jogar, desempenhar o melhor futebol, mas é óbvio que ele prega muito o pós-perda. Quem estiver ocupando a posição precisa ficar em algum momento, mesmo que seja o Neymar. Temos a possibilidade, a flexibilidade de deixar mais gente perto da bola para triangular e envolver o adversário”.
A terceira parte da trilogia é o cenário perfeito para Bruno Guimarães se firmar como titular da seleção brasileira. Campeão olímpico em Tóquio e convocado para a Copa do Mundo de 2022, o volante soma 13 jogos, sendo quatro deles desde o início, um gol marcado e cinco assistências.
“Tenho muitas convocações e acabei não tendo muitos minutos. Neste ciclo, quero ser mais ativo. Apesar de pouco tempo, tenho bons números na Seleção e ser importante para o time. O setor de meio de campo é muito importante e quanto menos você errar, você se sente mais importante. Quero ser mais ativo e me sinto preparado para o desafio.
Líder das Eliminatórias após uma rodada por conta do saldo de gols, o Brasil encara o Peru nesta terça-feira (12), às 23h (de Brasília), em Lima, no Estádio Nacional. Com 48 seleções na Copa do Mundo de 2026, a América do Sul tem direito a seis vagas, além de uma na repescagem.
