Com recurso apresentado na última segunda-feira (30), a defesa do jogador Daniel Alves garantiu, no pedido à Justiça da Catalunha, que não há risco do lateral fugir. O brasileiro de 39 anos está preso na Espanha desde o último dia 20 de janeiro, acusado de estuprar uma jovem de 23 anos numa casa noturna em Barcelona.
O argumento da defesa do atleta, chefiada pelo advogado Cristóbal Martell, se baseia nas conexões pessoais, familiares, sociais e empresariais que Alves tem em Barcelona. A equipe também cita, no documento, que o lateral não possui mais vínculo com o clube mexicano Pumas, e, por isso, não deixaria a Espanha.
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Para embasar o argumento que descarta o risco de fuga do jogador, os advogados enumeraram casos julgados em Barcelona em que a prova de residência e vínculos com empresas na cidade, em conjunto com medidas cautelares, foram suficientes para evitar que os acusados fugissem.
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— Sambafoot (@Sambafoot) January 24, 2023
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Confira abaixo mais alguns pontos apresentados pela defesa de Daniel Alves no recurso:
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Pagamento de fiança
O recurso teria proposto o pagamento de uma fiança, mas o valor não foi divulgado. Vale lembrar que o jogador foi preso preventivamente sem direito a fiança.
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Ordem de restrição
A defesa assegura, no recurso, que o atleta não terá contato com a jovem de 23 anos, que acusa Alves de agressão sexual. Para isso, os advogados propuseram uma ordem de restrição de uma distância de 500 metros que deverá ser cumprida pelo jogador, caso o pedido seja acatado pela Justiça catalã.
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Bom comportamento do jogador
O pedido também teria mencionado o bom comportamento do jogador em sua carreira, exemplificando com o fato do lateral ter ido voluntariamente ao depoimento, de acordo com a defesa de Alves. O brasileiro foi detido e, depois, preso preventivamente por ordem judicial após um “esquema" armado pela polícia catalã.
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Apresentação às autoridades
Caso o pedido seja acatado e Daniel Alves aguarde o julgamento em liberdade, o documento teria proposto que o jogador se apresente às autoridades locais periodicamente, podendo ser até diariamente, conforme apresentado no recurso. Além disso, o atleta também notificaria qualquer mudança de endereço.
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Entrega de documentos e tornozeleira eletrônica
A defesa de Alves também teria apresentado no documento que o lateral entregaria seus dois passaportes (brasileiro e espanhol). Caso a Justiça aceite o pedido, o atleta também deverá usar tornozeleira eletrônica.
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Defesa de Alves contesta versão da vítima
De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, a defesa do jogador contesta alguns trechos do depoimento da jovem de 23 anos. Segundo o veículo, a vítima teria afirmado que entrou no banheiro da boate Sutton dois minutos depois do brasileiro, no dia 30 de dezembro.
Após analisarem mais de sete horas de gravação das câmeras de segurança da casa noturna, os advogados de Alves afirmam que o relato da jovem e as imagens não coincidem.
Caso o pedido de liberdade não seja acatado pela Justiça da Espanha, o jogador brasileiro deverá permanecer preso até o julgamento do caso, que não tem data prevista. Se for condenado, Daniel Alves pode pegar uma pena de até 12 anos.
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