O Vasco ainda não recebeu o repasse do aporte de cerca de R$ 120 milhões da 777 Partners para quitar dívidas de compras de jogadores. O segundo aporte estava agendado para 23 de setembro. A expectativa é de que a situação seja resolvida até o fim de semana.
O que você precisa saber?
- A diretoria da SAF entrou em contato com alguns clubes credores e prometeu realizar o pagamento na última terça-feira (26), o que não aconteceu.
- O Vasco não comenta sobre o assunto. Procurada, a cúpula cruzmaltina informa que “é uma manifestação da diretoria da SAF” e que “a associação não se pronuncia sobre isso”. O Sambafoot também tentou contato com a 777, que disse “não comentar assuntos financeiros”.
- Um dos credores é o Atlético-MG, que vendeu o volante Jair ao Vasco em janeiro por 2,5 milhões de dólares (13,2 milhões na cotação da época) por 80% dos direitos econômicos.
Ainda sem acordo com a diretoria vascaína, o Galo acionou Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para cobrar o pagamento da segunda parcela. Veja abaixo o acordo entre entre os clubes:
- US$ 657.894,73 em 25/3/2023 (paga)
- US$ 657.894,74 em 25/7/2023 (atrasada)
- US$ 657.894,74 em 25/1/2024
- US$ 657.894,74 em 25/4/2024
Outras dívidas do Vasco ainda da primeira janela de transferências são com Atlético Tucumán, da Argentina, e Nacional, do Uruguai, pelas compras do zagueiro Manuel Capasso e do lateral-direito Puma Rodríguez, por exemplo.
A informação sobre o atraso do aporte foi divulgada inicialmente pelo site “GE” e confirmada pelo Sambafoot.
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O acordo por 50% dos direitos do argentino, fechado em fevereiro, foi aproximadamente 1,5 milhões de dólares (R$ 7,8 milhões). A operação pelo uruguaio, concluída em janeiro, foi cerca de 2 milhões de dólares (R$ 10 milhões). Tucumán e Nacional acionaram a Fifa para cobrar o débito. O parcelamento de ambas as negociações é mantido em sigilo.
O Vasco tem no contrato com a 777 uma cláusula de proteção em caso de atraso superior a 30 dias. O dispositivo, que tem anuência entre diretoria administrativa e 777, prevê que o clube associativo recupere a composição societária proporcional, ou seja, voltaria a ser majoritário no futebol.
A venda do futebol foi concluída em fevereiro do ano passado por R$ 700 milhões. O montante está dividido em quatro aportes. O primeiro repasse ocorreu ainda em 2023: R$ 120 milhões, além de R$ 70 milhões por empréstimo. O terceiro aporte de R$ 270 milhões será no próximo ano, enquanto o último de R$ 120 milhões será em 2025.