Resgatar a camisa amarela como um símbolo do esporte brasileiro é um dos objetivos da ministra Ana Moser. Escolhida pelo presidente Lula para ocupar o cargo, a ex-jogadora foi entrevistada pelo UOL e, entre os assuntos abordados, destacou a polarização política do país.
A ministra criticou o uso da camisa canarinho para representar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na segunda-feira (9), após os atos antidemocráticos ocorridos em Brasília, a CBF emitiu nota oficial repudiando a vestimenta durante a depredação da sede dos três poderes.
“Lula foi eleito por pouco mais de 50% da população, os outros 50% votaram no Bolsonaro. Tem também a polarização da camisa da seleção brasileira. É péssimo, mas já foi muito pior. Nós vamos retomar nosso símbolo, os símbolos são do Brasil e não de um governante”, concluiu a ministra.
Ana Moser foi atleta da seleção e conquistou diversos títulos como uma das maiores atacantes de vôlei no Brasil. Desde sua aposentadoria das quadras, em 2001, a jogadora se envolveu com causas sociais e políticas. Entre elas, a criação da ONG Instituto Esporte & Educação, voltada ao incentivo da prática esportiva sob a perspectiva da cidadania.
Da ONG surgiu o projeto Caravana do Esporte, movimento de ação e mobilização social pelo direito das crianças ao esporte, ao lazer, à educação e à cultura. Em 2009, a atacante entrou para o Hall da Fama do Vôlei, se tornando a quarta personalidade brasileira a conquistar essa honraria.
Em novembro de 2022, Ana Moser foi uma das especialistas designadas para integrar o Grupo Técnico de Esporte do Gabinete de Transição. Entre as responsabilidades do comitê estavam a avaliação das políticas públicas para o setor e a proposição de soluções.
No mês seguinte, a atleta foi anunciada pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, como ministra dos Esportes. Antes secretaria especial, o Ministério foi recriado em 1º de janeiro de 2023. Ana Moser é a primeira mulher a chefiar a pasta.
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