Tristes semelhanças entre Izquierdo e Serginho, que faleceram após jogos contra o São Paulo

Morte do jogador uruguaio fez Morumbi relembrar tragédia com zagueiro do São Caetano, em 2004
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Publicado em 28/08/2024 às 16h05

A morte de Juan Izquierdo, do Nacional-URU, confirmada pelo Hospital Albert Einstein na noite de terça-feira (27), fez o torcedor brasileiro relembrar da trágica perda de Serginho, zagueiro do São Caetano.

Os dois jogadores coincidentemente disputavam partidas contra o São Paulo no Morumbi, foram rapidamente atendidos e levados a hospitais muito próximos do estádio, porém não resistiram e faleceram.

Coincidências trágicas no Morumbi

  • Juan Izquierdo e Serginho morreram após passarem mal em jogos no Morumbi;
  • Infeliz coincidência ocorre após quase 20 anos do falecimento do zagueiro brasileiro;
  • Morte do jogador do São Caetano foi investigada pelo Ministério Público.

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Morte encefálica após parada cardiorrespiratória

O zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional-URU, faleceu na terça-feira (27), em São Paulo, em decorrência de morte encefálica após parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca. A causa da morte foi confirmada pelo Hospital Albert Einstein.

O jogador – de 27 anos – teve um mal súbito aos 39 minutos do segundo tempo da partida contra o São Paulo, no dia 22 (quinta-feira), no Morumbis, e não respondeu aos tratamentos no hospital.

Izquierdo teve uma pequena arritmia detectada em 2014, quando jogava pelo Atlético Cerro. Na época com 17 anos, o jogador passou por um eletrocardiograma e foi informado sobre a condição.

Despedida a Izquierdo

O traslado do corpo do zagueiro para velório e sepultamento será realizado por um avião da Força Aérea Uruguaia. A solenidade de despedida ao jogador deve acontecer na sede do Nacional, em Montevidéu.

Jogadores e diretores do São Paulo devem viajar ao Uruguai após o jogo contra o Atlético-MG para acompanhar o velório na capital uruguaia.

O Campeonato Uruguaio está interrompido em solidariedade e não há previsão para o retorno dos jogos.

Adeus a Serginho

O caso de Serginho aconteceu em 2004. O zagueiro do São Caetano sofreu uma parada cardiorrespiratória, caiu desacordado no gramado do Morumbi e foi levado às pressas ao Hospital São Luiz, nos arredores do estádio. Horas depois, a morte do atleta foi confirmada.

Serginho teve uma arritmia detectada durante um exame no Incor (Instituto do Coração) oito meses antes do falecimento. De acordo com Paulo Donizetti Forte, médico do São Caetano na época, a condição do jogador não o impedia de entrar em campo.

Em contrapartida, um prontuário médico assinado por Edimar Alcides Bocchi – então diretor da unidade clínica de insuficiência do Incor – destacava que Serginho tinha um problema grave no coração e “risco de morte súbita". Momentos depois, o profissional recuou e avaliou o falecimento do jogador como uma “fatalidade".

Investigação do Ministério Público

As incertezas por trás da morte de Serginho foram investigadas pelo Ministério Público de São Paulo e Nairo Ferreira de Souza e Paulo Forte, presidente e médico do São Caetano na época, foram denunciados por homicídio com dolo eventual. A promotoria avaliou que a dupla assumiu o risco de o jogador morrer ao não afastá-lo.

No ano seguinte, o Superior Tribunal Federal (STF) desqualificou o caso para homicídio culposo, sem intenção de matar. Ambos foram absolvidos e o caso foi arquivado.

Mudanças no protocolo do futebol brasileiro

A morte de Serginho alterou regras no futebol brasileiro. Devido à tragédia com o atleta do São Caetano, desfibriladores e ambulâncias são obrigatórios dentro dos estádios. Uma partida só pode começar com ambos dentro da praça do evento.

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Jornalista formado pela UMESP com quase uma década de experiência. Passagens por Torcedores e Futebol Latino/Lance!. Ainda lembra de assistir aos jogos da Copa do Mundo...