Na última quarta-feira, 21 de fevereiro, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região julgou improcedente o processo movido pelo ex-jogador Ederson contra o Flamengo em 2020, com uma cobrança de R$ 937.500,00 por dano moral por aposentadoria precoce e diferença salarial durante seu período no clube entre 2015 e 2018.
Ederson, que vestiu a camisa rubro-negra em 39 partidas e marcou quatro gols durante sua passagem pelo clube, alegou diversas irregularidades em seu contrato e condições de trabalho.
Pedidos de Ederson:
- R$ 425 mil de diferença salarial entre 2016 e 2017;
- R$ 412,5 mil de redução salarial entre janeiro e julho de 2018;
- R$ 100 mil de danos morais devido à aposentadoria precoce.
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Entenda a decisão judicial sobre caso de Ederson
A informação foi divulgada primeiro pelo jornal “O Globo" e confirmada pelo "ge", que teve acesso à ação.
De acordo com as informações do portal, Ederson alegou que seu primeiro contrato com o clube, válido entre julho de 2015 e dezembro de 2017, previa um reajuste de salarial de R$ 25 mil se ele atuasse em 65% das partidas oficiais do time, meta que foi batida em julho de 2016.
Com isso, o ex-jogador cobrou R$ 425 mil equivalente a 17 meses. Porém, a Justiça alegou que o tempo de dois anos prescreveu, pois ele só moveu a ação em 2020.
Flamengo tem vitória na Justiça sobre Ederson, que cobrava o clube por aposentadoria precoce.
Depois de deixar o clube em função de uma grave lesão, Ederson acionou o Flamengo pedindo indenização por dano moral de R$100 mil e R$ 412.5 mil de diferença salarial. (+) pic.twitter.com/Z3i2piy8Ku
— Sou da Nação Fla 81 (@soudanacaofla81) February 22, 2024
O que mais Ederson pedia?
Outra pedida do ex-meia foi de R$ 412,5 mil referentes à redução de R$ 75 mil em seu salário entre janeiro e julho de 2018. Mas o Flamengo comprovou que houve a assinatura de um segundo contrato para esse período, após o fim do primeiro, celebrado pelas duas partes aceitando o valor.
Por fim, Ederson também buscava compensação de R$100 mil por danos morais, alegando que o clube o pressionou a retornar aos treinos e jogos enquanto estava lesionado, o que, segundo ele, contribuiu para sua aposentadoria precoce devido a lesões.
no primeiro semestre de 2018, depois de o vínculo até o fim de 2017 se encerrar.
A lesão aconteceu em julho de 2016 e Ederson nunca mais voltou ao mesmo nível. O jogador cobrou do Flamengo a unificação dos contratos e a indenização pela redução salarial, mas perdeu a ação.
— Sou da Nação Fla 81 (@soudanacaofla81) February 22, 2024
Histórico do jogador no departamento médico
Em julho de 2016, o meia sofreu uma entrada dura de Fagner, do Corinthians, e ficou parado nove meses. Em julho de 2017, foi diagnosticado com um tumor no testículo e precisou passar por nova cirurgia.
A liberação para voltar a jogar ocorreu só em fevereiro de 2018, mas ele não atuou mais até o fim de contrato. Por conta de dores no joelho, decidiu se aposentar.
Na decisão, a juíza Elisabeth Manhães Nascimento Borges, da 37ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, cita a obrigação dos clubes de contratar seguro de vida e de acidentes pessoais para seus atletas e que Ederson “não esteve em gozo de auxílio-doença acidentário".
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