Grande parte da torcida do Corinthians pede pela saída de Cuca. Alguns torcedores, inclusive, planejam um protesto contra o técnico nesta quarta-feira, na Neo Química Arena. O Timão enfrenta o Remo, pelo jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil, em duelo que marca o primeiro encontro do treinador com a Fiel Torcida desde que foi anunciado.
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Natalia Beatriz, uma das líderes da manifestação que aconteceu em frente ao Parque São Jorge na última segunda-feira (24), afirmou que a ideia é protestar contra o treinador, mas não durante o jogo, período que segundo ela é de apoio incondicional ao time.
– Assim que a gente tiver oportunidade, vamos levantar nossa voz de ‘fora Cuca’. Não vai ser durante o jogo, ainda não articulamos o que vamos fazer, mas vamos fazer alguma coisa na quarta-feira também – comentou a torcedora.
– Vamos apoiar assim como fizemos contra o Goiás, estou roca porque cantamos 90 minutos ontem (domingo), apoiando o time. Perdemos e continuamos cantando. No apito final levantamos a faixa de ‘fora Cuca’. Você nunca vai ver a torcida protestar contra o Corinthians durante o jogo. Essa semana é muito decisiva para gente, se não ganhar acabou nossa semana. No sábado temos nosso maior rival (Palmeiras), na casa deles. Vamos seguir apoiando, estou com meu ingressos, vamos cantar os 90 minutos. Mas assim que a gente tiver oportunidade, vamos levantar nossa voz de ‘fora Cuca’ – complementou.
O protesto na frente do Parque São Jorge contou com cerca de 25 torcedores e foi direcionado para o presidente Duilio Monteiro Alves e o técnico Cuca. Um grupo de torcedoras já havia protestado em frente ao CT na última sexta, um pouco antes da coletiva de apresentação do treinador.
Entenda os protestos contra Cuca
Em 1987, quando jogava no Grêmio, Cuca e outros três jogadores (Eduardo Hamester, Fernando Castoldi e Henrique Etges) foram acusados de estupro coletivo envolvendo uma adolescente de 13 anos, em Berna, na Suíça. A acusação resultou em condenação, em 1989. Os atletas não foram condenados pela violência sexual, mas pela idade da menina, caracterizada como pessoa vulnerável.
Cuca e os demais foram condenados a 15 meses de prisão. A pena, no entanto, não foi cumprida, pois o Brasil não extradita seus cidadãos. Hoje, com o crime prescrito, o técnico do Timão nega as acusações, mesmo tendo sido identificado pela vítima.