O torcedor do Rennes, Nelson Douard, revela viver dificuldades após agressão de Neymar, na final da Copa da França em 2019. Em entrevista concedida ao jornal “L’Equipe”, Douard afirmou que sua vida pessoal e profissional prejudicada após o episódio.
“Não consigo esquecer essas coisas. No momento da partida, eu estava trabalhando no meu futuro estabelecimento. As pessoas passavam e riam de mim, pois o nome do meu restaurante estava nas redes sociais. Alguns buzinavam, outros gritavam “Neymar”. Foi humilhante. Quando meu nome, sobrenome e endereço saíram (para o público), entrei em pânico. Em diversas noites, carros passavam pela minha casa e me insultavam”, disse o torcedor.
Após a agressão, Nelson Douard processou o Paris Saint-Germain, quando soube que o clube francês contratou o serviço de uma agência digital responsável por limpar a imagem de seus atletas, se utilizando de contas falsas nas redes sociais. O torcedor do Rennes estava entre os alvos desses ataques online, após ter levado um soco do atacante brasileiro.
A princípio, Douard acreditava que essas ações eram orquestradas pela equipe pessoal de Neymar Jr., mas se surpreendeu ao tomar conhecimento que o Paris Saint-Germain era o responsável pelos problemas que o torcedor tem enfrentado nos últimos anos. No entanto, o jogador brasileiro também tentou se reconciliar com o homem agredido.
“No começo, eu pensava que era orquestrado por Neymar. Dois de seus agentes vieram me ver uma ou duas semanas após ele ter me agredido. Eles disseram: ‘Não se preocupe, você vai estar na TV, você vai ter dinheiro. Sua vida vai continuar’. E a imagem de Neymar seria limpa. Eu recusei. Então eles me ofereceram um acordo financeiro. Eu neguei e disse: ‘O dinheiro pode ficar com ele. Só quero uma coisa: que Neymar peça desculpas cara a cara, com um aperto de mão’”.
Continuando a entrevista, Nelson Douard forneceu maiores detalhes sobre como sua vida foi afetada e como enfrenta as dificuldades após agressão de Neymar.
“Quando vejo o escudo do PSG ou o Neymar… Me faz pensar por duas ou três horas. Posso não dormir depois de vê-lo na TV ou no Facebook. Isso me traz lembranças. Depois dessa história, vendi meu estabelecimento, pois não aguentava mais. Era um absurdo. Eu também me mudei. E ainda tenho pesadelos com isso. Eu me perguntava o que mudaria se eu fizesse uma reclamação. Disseram-me que permitiria deixar o lado das vítimas, mas estou nele há mais de três anos”, destacou o torcedor.
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