Torcedor do Flamengo tem prisão preventiva decretada e é indiciado por homicídio doloso após morte de palmeirense

Jovem de 23 anos sofreu duas paradas cardíacas e morreu nesta segunda-feira (10); responsável por atirar garrafa de vidro na torcedora foi detido em flagrante
2023-07-10 18:33:24
A matéria foi atualizada em 10/07/2023, às 17h30 (de Brasília), com informações a respeito da confusão que culminado na morte da jovem.

A Justiça decretou a prisão preventiva do torcedor do Flamengo, Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, que atirou a garrafa que atingiu Gabriela Anelli, palmeirense de 23 anos que morreu na manhã desta segunda-feira (10). O homem foi preso em flagrante e deverá ser indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

 

O que aconteceu?

  • O delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), César Saad, disse que o homem teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (10).
  • Leonardo foi preso em flagrante por arremessar a garrafa que atingiu Gabriela e uma outra vítima.
  • O homem deverá responder por homicídio doloso consumado. De acordo com Saad, ao atirar a garrafa, Leonardo assumiu o risco de matar, e por isso responderá pelo crime.
  • O torcedor do Flamengo é do Rio de Janeiro, estava em São Paulo para acompanhar o duelo entre os dois times, e não tinha passagem pela polícia.
  • Ele arremessou uma garrafa, ele sabia que podia atingir o resultado morte e foi o que aconteceu”, disse o delegado.
  • César Saad disse, ainda, que a polícia está tentando localizar os outros envolvidos na confusão, e está em busca de imagens que tenham registrado o exato momento em que a garrafa foi arremessada.
  • “Temos diversas imagens de celular, estamos utilizando sistema de reconhecimento facial para que outros integrantes de torcidas e de outras pessoas que estavam na briga sejam identificadas”, completou o delegado do DOPE.

 

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O delegado César Saad explicou que houveram duas confusões no mesmo dia próximo ao Allianz Parque, uma antes e uma durante a partida. O que culminou na morte de Gabriela aconteceu na Rua Padre Antônio Tomása.

Saad disse que estava ocorrendo uma festa junina na sede social do clube, e existem relatos que flamenguistas estavam caminhando próximo ao local. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), outra pessoa também ficou ferida por conta do arremesso de garrafa.

De acordo com o irmão da jovem, Felipe Marchiano, Gabriela foi socorrida por uma ambulância que fica dentro do Allianz Parque, e passou por uma cirurgia na noite de sábado (8). A palmeirense estava em estado grave.

A torcedora estava internada na Santa Casa e, após sofrer duas paradas cardíacas, não resistiu, e morreu na manhã desta segunda-feira (10).

Gabriela costumava frequentar os jogos disputados pelo Palmeiras na capital com os pais. “Só desejo que justiça seja feita. Um ser humano com pouco de miolo na cabeça não faria uma coisa dessa. Não só minha irmã, poderia acertar criança, uma mulher grávida, etc”, lamentou o irmão.

 

Partida foi marcada por confusões do lado de fora

Uma outra confusão aconteceu na Rua Caraíbas, próximo ao portão A do Allianz Parque, entre torcidas organizadas. Torcedores do Palmeiras teriam identificado dois flamenguistas no local e passado a perseguir os rivais para agredi-los, segundo a SSP.

A PM usou gás de pimenta para dispersar a confusão, e o vento acabou levando o gás para dentro do estádio. Torcedores nas arquibancadas e jogadores sentiram os efeitos e a partida chegou a ser paralisada em dois momentos.

 

Família, jogadores e clube prestaram homenagens à Gabriela

Após a notícia, o Palmeiras publicou uma nota de pesar lamentando o falecimento da torcedora. Gabriel Jesus, ex-Palmeiras, também se manifestou. A morte foi confirmada pela prima de Gabriela, que também foi às redes sociais.

Dudu, do Palmeiras, chegou a pedir doações de sangue para a jovem. O camisa 7 também se manifestou após a confirmação da morte da torcedora. Confira abaixo:

 

Reprodução/Instagram

 

“A dor da família é imensurável. Não dá para acreditar em tanta maldade nesse mundo e a Justiça tão falha nesse Brasil. Nossa família não merece passar por esse luto”, escreveu Mariana Anelli, prima de Gabriela.