Tite, ex-técnico da seleção brasileira que comandou a equipe nas duas últimas Copas do Mundo, apresentou uma queixa-crime na Justiça. O alvo da denúncia é o ex-jogador e hoje comentarista Neto, apresentador do programa Os Donos da Bola, na TV Bandeirantes.
Os advogados do ex-treinador alegam que Neto praticou o delito de injúria durante seu programa na Band, no dia 9 de dezembro de 2022, após a eliminação do Brasil para a Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar.
VEJA TAMBÉM:
++ Craque Neto "crava" Tite em gigante brasileiro
++ Tite rejeita convite de duas seleções
++ Presidente da CBF fala sobre sucessor de Tite: "não vamos escolher na pressão"
Aproveite e siga o Sambafoot no Facebook, no Instagram e no Twitter!
Pena prevista no Código Penal é de um a seis meses de detenção ou multa
Na época, Neto se referiu ao até então técnico da seleção como “filho de uma p***", “desgraçado", “sem-vergonha", “burro", “idiota", “imbecil" e “vagabundo".
A defesa de Tite afirma que “as sete expressões – algumas delas proferidas repetidamente – formam um conjunto inequívoco de ofensas, qualquer que seja o contexto em que proferidas. Possuem elevado caráter pejorativo e não têm outro sentido senão o de atingir a honra do querelante [Tite], ofendido em sua dignidade (respeitabilidade) e seu decoro".
Os representantes de Tite solicitaram, na queixa-crime, que o apresentador sofra as sanções estipuladas nos artigos 140 e 141 do Código Penal:
Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Art. 141 – As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III – na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
No caso de Neto, os comentários foram retransmitidos pelo YouTube, onde atingiu 2,5 milhões de visualizações na plataforma, de acordo com a defesa do treinador.
A ação foi aberta na última quarta-feira (15), no Fórum Regional de Pinheiros, em São Paulo. Até o momento, nenhuma das partes ou assessorias de imprensa falaram sobre o caso.