Seleção do pesadelo: o pior “11” que já entrou em campo pelo Brasil

É muito comum discutirmos sobre os melhores jogadores que já representaram a Seleção Brasileira na história.
Escrito por
Publicado em 05/11/2021 às 10h15

E sempre há polêmica, porque grandes nomes acabam ficando de fora da lista final. Mas, quando tentamos pensar naqueles jogadores que muitas vezes nem jogariam em nossos times, mas que acabaram vestindo a amarelinha?

Temos alguns nomes que devem ser unanimidade e que aparecem em todas as listas de piores, enquanto outros nem lembrávamos.

Goleiro

O nome de Alex Muralha, hoje reserva no Coritiba, é o primeiro que vem à cabeça de qualquer fã de futebol quando perguntado qual o pior arqueiro que a Seleção já teve. Só que Muralha, que foi convocado por Tite, em 2006, quando atuava no Flamengo, não chegou a entrar em campo.

Outros nomes recentes e, no mínimo, polêmicos, são Danrlei e Fábio Costa, mas eles também não jogaram pela Seleção principal. Entre os goleiros que atuaram, o escolhido é Doni, que até foi campeão da Copa América com Dunga, em 2007. Ele inclusive defendeu um pênalti contra o Uruguai, que garantiu a passagem do Brasil à final.

Doni teve passagens pelo Liverpool, onde ficou conhecido por sempre jogar adiantado demais, e na Roma, quando o time foi massacrado pelo Manchester United em uma Champions League, levando 7 x 1 em Old Trafford.

Laterais

A lateral-direita é uma das posições mais fáceis. Todo mundo lembra de Zé Carlos, convocado por Zagallo na última hora para a Copa de 1998 no lugar de Flávio Conceição. E a sua estreia (e despedida) da Seleção foi contra a Holanda, na semifinal do torneio, pois Cafu estava suspenso. O Brasil ganhou nos pênaltis depois de levar sufoco na maior parte do tempo. Zé Carlos, à época no São Paulo, era, tal qual Doni, um jogador regular, mas que não poderia ter vestido a Amarelinha.

Do lado esquerdo, Gustavo Nery é outro nome fácil. Sempre polêmico – foi chamado por um treinador, certa vez, de “laranja podre” do elenco -, nunca teve futebol suficiente para jogar em uma posição que já contou com nomes como Júnior e Roberto Carlos.

Zagueiros

Fábio Bilica foi o primeiro nome que veio à cabeça, mas ele jogou apenas no time olímpico. Gladstone, também. Dos que entraram em campo, a dupla Cris e Odvan merece destaque. Cris teve uma carreira de sucesso na França, mas nunca se destacou por sua técnica. Odvan ficou conhecido por ser um “zagueiro ZAGUEIRO”, como disse Vanderlei Luxemburgo para justificar a sua convocação.

Volantes

O primeiro nome é outro que acabou ficando folclórico: Leomar, o “jogador nota 7”. Assim, o então meia do Sport foi classificado pelo técnico Leão, quando o convocou. Anos depois, um dirigente do Sport disse que pagou uma comissão para que o treinador o chamasse.

Leomar jogou pela Seleção principal 5 vezes e foi capitão em algumas delas. Pode ser também o capitão deste “11 do pesadelo”.

Para fazer companhia a ele na contenção, outro convocado por Leão, Fábio Rochemback. O meia do Internacional “aproveitou” a vitrine da Amarelinha e conseguiu uma transferência para o Barcelona, que posteriormente virou empréstimo para o Sporting.

Meias

Os responsáveis pela armação do time são dois jogadores que foram muito bons em seus clubes, mas que não tinham envergadura para vestir a camisa da Seleção. Um deles é Beto, um dos poucos jogadores a atuar pelos quatro grandes do Rio. Ele fez 12 partidas pelo Brasil, quatro sob o comando de Zagallo e os demais com Vanderlei Luxemburgo, inclusive sendo campeão da Copa América de 1999.

Ao seu lado, Robert representou seu país em apenas três oportunidades, todas na famigerada Copa das Confederações de 2001, em que a Seleção terminou em quarto lugar depois de perder para a Austrália. A péssima participação do time no torneio valeu o emprego do treinador Leão, abrindo caminho para Felipão montar o time do penta.

Atacantes

Afonso Alves espantou o mundo ao marcar sete gols em um único jogo, na goleada de 9 x 0 sobre o Heracles, quando defendia o Heerenveen, em outubro de 2007. Artilheiro do “Holandesão” com 34 gols, Afonso chamou a atenção de Dunga, que o convocou para amistosos e para a Copa América de 2007 antes mesmo desses 7 gols marcados.

Pela Seleção, foram 8 jogos e um gol contra o México. Da Holanda, o jogador foi para o Middlesbrough como a contratação mais cara da história do clube à época e foi um fracasso. A verdade é que, depois das temporadas mágicas na Holanda, Afonso Alves nunca mais foi o mesmo e é unanimidade nas listas de piores jogadores na Seleção.

E, para finalizar esta escalação, que não formaria um time ruim, mas algo muito aquém do que esperamos para a Seleção pentacampeã do mundo, temos um jogador que atuou 11 minutos com a Amarelinha.

Adriano Gabiru, herói do título mundial do Internacional sobre o Barcelona, à época “Carlos Adriano”, entrou em campo na partida contra Camarões pela Copa das Confederações de 2003. O Brasil perdeu por 1 x 0 (gol de Eto’o) e acabou eliminado ainda na primeira fase do torneio. Parreira era o treinador.

O time, do goleiro ao ponta-esquerda

Escalado no tradicional 4-4-2, esquema mais utilizado nas últimas décadas, a pior Seleção de todos os tempos entraria em campo assim:

  • Doni
  • Zé Carlos
  • Cris
  • Odvan
  • Gustavo Nery
  • Leomar
  • Fábio Rochemback
  • Beto
  • Robert
  • Afonso Alves
  • Adriano Gabiru
Escrito por