O ex-técnico argentino do Santos, Fabián Bustos, moveu ação contra o clube na Fifa cobrando 1,2 milhão de dólares (R$ 5,9 milhões) por conta de rompimento contratual por parte do Peixe, no ano de 2022. A dívida faz referência entre o período da demissão, em julho de 2022, e do fim do contrato, no fim de 2023.
Por conta do não pagamento do valor, o Santos foi punido pela Fifa com o “transfer ban“, que impede que o time possa inscrever novos atletas em seu elenco.
O clube paulista ofereceu um pagamento da dívida com parcelamento, mas o treinador negou a oferta e exigiu o recebimento do valor à vista. O atual valor do débito é de R$ 4 milhões, após recursos do Peixe.
O que você precisa saber?
> O ex-técnico do Santos, o argentino Fabián Bustos, entrou com ação na Fifa para cobrar o Peixe no valor de 1,2 milhão de dólares (R$ 5,9 milhões), mas, após recursos, o Peixe conseguiu baixar o débito para R$ 4 milhões.
> O clube paulista foi punido pela entidade máxima do futebol mundial com um “transfer ban“, o que impede a inscrição de novos atletas no elenco santista.
> Para encerrar a punição, o Santos propôs um pagamento parcelado da dívida com Bustos, que negou e exigiu receber o valor à vista.
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Sem acordo
O Santos, visando cessar o “transfer ban”, que impede a inscrição de novos atletas no elenco do clube, buscou entrar em acordo com o técnico argentino Fabián Bustos, a quem o Peixe deve o valor de R$ 4 milhões.
O time paulista ofertou o pagamento do débito de forma parcelada, mas Bustos rejeitou e exigiu que o recebimento do dinheiro fosse à vista.
O transfer ban que o Santos sofreu da FIFA pela dívida de R$ 4 milhões com Fabián Bustos é válido por 3 janelas.
Ou seja, se não acertar a pendência com o treinador, o Peixe só poderá inscrever reforços no segundo semestre de 2025.
🗞 @marcrizzo
📸 Ivan Storti/Santos FC pic.twitter.com/g2NQLMvbog— Planeta do Futebol 🌎 (@futebol_info) February 6, 2024
Dessa forma, o goleiro Gabriel Brazão, que foi contratado recentemente pelo Peixe, segue treinando no CT Rei Pelé sem previsão de estreia, pois ele não pode ser inscrito em nenhuma competição.
Marcelo Teixeira, presidente do Santos, revelou ao Trivela que Fabián Bustos está “dificultando” a negociação da dívida e culpou a gestão anterior, de Andres Rueda, pelo momento do clube.
O que é o “transfer ban”?
No futebol brasileiro, o termo “transfer ban” é comumente utilizado para clubes que não cumprem com suas obrigações financeiras com ex-jogadores, por exemplo, que recorrem à Fifa o pagamento de dívidas constituídas no período de atuação nas equipes.
O instituto se trata de uma medida administrativa imposta pela entidade máxima do futebol mundial, que tem como foco a punição de clubes pelo não pagamento em transferências internacionais.
Dessa forma, as agremiações que recebem esta sanção ficam proibidas de registrar novos atletas em competições, sejam elas de âmbito nacional ou internacional.
Após a denúncia do débito, a Fifa notifica a equipe e dá um prazo de 45 dias para a quitação da dívida. Caso ela não seja paga no prazo, o clube sofre o “transfer ban”.
A duração da sanção não tem prazo determinado previamente e só é cessada quando as partes chegam a um acordo. Além do Santos, outros times brasileiros, como Atlético-MG, Corinthians, Cruzeiro, Coritiba e Vasco sofreram a punição recentemente.
Outras punições
Caso o clube siga sem ter acordo com a parte contrária no sentido de cessar o “transfer ban”, outras punições mais graves podem ser aplicadas.
Uma das sanções prevê a perda de pontos em competições e até mesmo o rebaixamento na divisão nacional, o Campeonato Brasileiro, no caso dos times do Brasil.
Ainda vale ressaltar que o “transfer ban” não impede que as equipes comprem e vendam atletas, que podem circular livremente no mercado, mas somente restringe a inscrição deles em torneios.
