Desde 2021, seis clubes que estão atualmente na Série A do Campeonato Brasileiro se tornaram SAFs. A promessa de uma gestão mais profissional do futebol incluía diminuir o número de troca de técnicos, mas isso realmente aconteceu?
O que aconteceu?
> Cinco das seis SAFs da primeira divisão já trocaram de treinador neste ano;
> Portanto, 85% dos clubes-empresas mudaram o seu comandante;
> Entre as associações, nove também trocaram de técnico, enquanto cinco não.
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Cinco das seis SAFs da primeira divisão já trocaram de treinador neste ano: Vasco, Botafogo, Cuiabá, Coritiba (duas vezes) e Cruzeiro (duas vezes). O Bahia é a única SAF que ainda está com o mesmo treinador desde o início do ano. Portanto, 85% dos clubes-empresas mudaram o seu comandante.
Entre as associações, nove também trocaram de técnico, enquanto cinco não – ou seja, 66% delas optaram pela mudança no comando. Veja abaixo:
SAF e os treinadores (2023)
Bahia – 0 trocas (Renato Paiva desde dezembro de 2022)
Botafogo – 1 troca (Luís Castro por Bruno Lage)
Cuiabá – 1 troca (Ivo Vieira por Antônio Oliveira)
Vasco – 1 troca (Maurício Barbieri por Ramón Díaz)
Coritiba – 2 trocas (Antônio Oliveira por Antônio Carlos Zago e, por último, Thiago Kosloski – atual)
Cruzeiro – 2 trocas (Paulo Pezzolano por Pepa; Zé Ricardo é o treinador atual)
Trocas de treinadores nas associações
América-MG – 1 troca
Athletico-PR – 1 troca
Atlético-MG – 1 troca
Goiás – 1 troca
São Paulo – 1 troca
Internacional – 1 troca
Corinthians – 2 trocas
Flamengo – 2 trocas
Santos – 2 trocas
Associações sem troca no comando
Fluminense – Fernando Diniz desde maio de 2022
Bragantino – Pedro Caixinha desde dezembro de 2022
Grêmio – Renato Gaúcho desde setembro de 2022
Fortaleza – Vojvoda desde maio de 2021
Palmeiras – Abel Ferreira desde novembro de 2020
Troca mais recente
O Cruzeiro foi o time que mais recentemente trocou de técnico. Após uma sequência de oito jogos sem vitórias, Pepa foi demitido e Zé Ricardo foi anunciado como o novo treinador da Raposa. Pedro Martins, diretor executivo do clube, disse que as gestões das SAFs também vão errar.
“Quando a gente olha pra trás, no erro e no acerto, a gente poderia ter feito muita coisa diferente. Mas não podemos esquecer que as decisões têm que ser tomadas naquele momento. Quem fala que tem uma fórmula mágica pra fazer isso tá mentindo. Se você tem visão de processo, de futuro, você faz uma avaliação mais clara. E mesmo assim nós vamos errar”, afirmou o dirigente.
