O narrador esportivo Silvio Luiz faleceu, na manhã desta quinta-feira (16), aos 89 anos, em um hospital de São Paulo, em decorrência de falência múltipla de órgãos.
Após a confirmação do falecimento do narrador, Milton Neves, jornalista e desafeto de Silvio Luiz, deixou todo tipo de rivalidade de lado e homenageou o desafeto nas redes sociais e em uma postagem em seu blog no site ‘Uol".
Além da homenagem ao locutor, Milton lembrou das passagens de Antero Greco e Washington Rodrigues, o Apolinho. Nas postagens, Milton Neves caracterizou as mortes como as “12 horas mais devastadoras da história da crônica esportiva brasileira".
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Homenagem de Milton Neves a Silvio Luiz
O jornalista Milton Neves esqueceu toda rivalidade que tinha com o narrador Silvio Luiz e homenageou o locutor após a confirmação de sua morte nesta quinta-feira (16), em São Paulo.
Nas suas redes sociais e em seu blog no ‘Uol", Milton tratou os adeus a Silvio Luiz, Antero Greco e Washington Rodrigues, o Apolinho, em “12 horas mais devastadoras da história da crônica esportiva brasileira".
– Antero Greco, Apolinho e Silvio Luiz: as 12 horas mais devastadoras da história da crônica esportiva brasileira! Era muito educado o "italianinho, como eu chamava o doce Antero. Washington Rodrigues igualmente se foi deixando órfãos também os Geraldinos e Arquibaldos. E Silvio Luiz dispensa comentários: top-3 dos nossos narradores de TV ao lado de Galvão e de Luciano. A crônica esportiva brasileira chora! – escreveu Milton.
Antero Greco, Apolinho e Silvio Luiz: as 12 horas mais devastadoras da história da crônica esportiva brasileira! Era muito educado o "italianinho, como eu chamava o doce Antero. Washington Rodrigues igualmente se foi deixando órfãos também os Geraldinos e Arquibaldos. E Silvio… pic.twitter.com/ykPS7SvA5X
— Milton Neves (@Miltonneves) May 16, 2024
Antiga rivalidade
A rivalidade entre Milton Neves e Silvio Luiz surgiu no início dos anos 2000, quando o narrador participou de um programa do apresentador Raul Gil e não “tirou o chapéu" ao jornalista. Após a ação, se encontraram nos corredores da TV Record e Milton teria dado um chute no locutor.
– Eu nunca mencionei o nome desse cara porque faz mal. A melhor coisa que você faz é ignorar. Ele pensa que é o que ele não é. O Raul sabe qual história é, e não quero contar aqui porque não quero voltar ao problema que já acabou. Esse cara me dá ânsia de vômito – afirmou Silvio, ao “Programa Raul Gil".
Fenômeno dos microfones
Silvio Luiz foi árbitro de futebol entre o fim da década de 60 e o início dos anos 1970 e após deixar o uniforme preto e pendurar o apito, assumiu os microfones de emissoras de rádio e televisão.
No jornalismo, foi diretor de programação da Rede Record e trabalhou por outros veículos, como Bandeirantes, Excelsior e SBT.
Como narrador, trabalhou em diversas coberturas de Copas do Mundo e se consagrou como uma das principais vozes do esporte nacional em transmissões de eventos e de programas de rádio e TV.
Silvio cartola
Além da arbitragem e da narração, Silvio foi candidato duas vezes à presidência da Federação Paulista de Futebol (FPF).
No pleito de 1982, recebeu dois votos e perdeu para José Maria Marin e Nabi Abi Chedid. Nas eleições de 1985, voltou à disputa, porém também não garantiu votos suficientes para comandar a FPF.
Última dança
A despedida profissional de Silvio Luiz foi com os microfones da Record. O narrador comandou uma transmissão alternativa dos jogos do Campeonato Paulista ao lado dos humoristas Bola e Carioca.
O locutor passou mal durante a transmissão de um jogo entre Santos e Palmeiras e foi internado pela primeira vez neste ano, em São Paulo. Após receber alta depois de quase um mês, voltou ao hospital em 8 de maio e teve a morte confirmada pelo Hospital Oswaldo Cruz nesta quinta-feira, na capital paulista.
Silvio Luiz Peres Machado de Souza nasceu em 1934, na capital paulista. O locutor era casado com a cantora Márcia desde 1989 e deixa três filhos: Alexandre, Andréa e André.
Não há informações sobre velório e sepultamento de Silvio Luiz.
