Vestindo a camisa 10 da Seleção Olímpica, Richarlison marcou dois gols e brilhou com a Seleção Olímpica na vitória por 3 a 1 diante a Arábia Saudita. O jogador, formado no Fluminense, terminou a fase de grupos dos Jogos Olímpicos em Tóquio 2020 com cinco gols em três jogos.
A primeira partida foi em Yokohama, onde o Brasil sagrou-se pentacampeão da Copa do Mundo em 2002. O duelo reeditou a final do Rio 2016 contra a Alemanha e o jogador estava com um peso em suas costas após perder a final da Copa América para a Argentina vestindo a Amarelinha. Sua estreia não poderia ser melhor, três gols em 30 minutos e uma vitória por 4 x 2.
A partida foi capaz de apagar duas semanas de críticas e dúvidas do público brasileiro em torno dele.
No entanto, após o empate sem gols contra a Costa do Marfim, voltou o burburinho em torno de seu futebol.
Desde que debutou na seleção, o “Pombo”, como carinhosamente é chamado pelos torcedores por sua comemoração, ganhou espaço no time comandado por Tite. Suas atuações no Watford e posteriormente no Everton deram um “status” de futura joia do futebol brasileiro.
Mas, ao concorrer pela vaga da “nove” da Seleção com nomes como Gabriel Jesus e Roberto Firmino, criou-se uma pressão para uma atuação de gala que até hoje não havia ocorrido.
A atuação apagada em junho com o Brasil acarretou em uma enxurrada de críticas, todas questionando se o jogador era, ou não, superestimado.
Quando foi anunciado como camisa 10 do time brasileiro nos Jogos Olímpicos 2021, no meio da Copa América, a reclamação sobre “banalizar” a amarelinha cresceu.
Richarlison, ao entrar em campo com a Seleção Olímpica, exibiu o melhor desempenho desde que vestiu a canarinha pela primeira vez, em 2017. O atacante jamais havia marcado um hattrick, como aconteceu contra a Alemanha, vestindo a camisa do país tupiniquim.
A atuação de gala deu, pela primeira vez em dois meses, a confiança do torcedor e da imprensa brasileira ao atleta. Será que Richarlison conseguirá lidar com essa pressão e carta branca? Veremos no fim de agosto.