Após a saída do técnico Jorge Jesus só se falava em um nome como o ideal para treinar o Flamengo: Renato Gaúcho. Depois de alguns outros nomes com passagens relativamente frustradas, havia chegada a vez de consumar o casamento desejado por muitos.
O problema é que a lua de mel durou pouco. Em entrevista ao podcast “Cara a Tapa”, do jornalista Rica Perrone, Renato Gaúcho não escondeu nada e falou como foram os bastidores de sua passagem pelo Flamengo – que durou pouco mais de quatro meses.
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Em determinado momento, o treinador brasileiro revelou que o efeito Jorge Jesus causou uma discordância com a diretoria do Rubro-negro. Para Renato Gaúcho, o ideal era focar no principal desejo. Já para os mandatários, o clube tinha elenco para brigar em todas as frentes, como o treinador português havia feito.
“Quando eu cheguei no Flamengo eu falei: ‘No Grêmio, de vez em quando, eu segurava o time porque quem quer muito nada tem’. O Flamengo tem um grupo bom, fortíssimo, mas estamos tendo muitos problemas de lesão e vai chegar a conta dessas lesões se quisermos ganhar as três competições. ‘Não, mas vamos nas três, vamos tentar brigar nas três’ (diretoria). Eu falei ‘olha, vamos brigar, mas a conta vai chegar. Os jogadores são seres humanos, não vão aguentar jogar três vezes por semana'”, revelou Renato Gaúcho.
Boa noite! 😁 pic.twitter.com/hh4p1bki2F
— Flamengo (@Flamengo) November 18, 2022
“Foi o que aconteceu. Na hora H perdemos muitos jogadores importantes e os meus números deram 73%, 74%. Aí muita gente foi para o departamento médico, conseguimos recuperar os jogadores para a final da Libertadores, só que muitos jogadores Arrascaeta, Bruno Henrique, que eram importantíssimos, Filipe Luís, os caras não entraram 100%, e em uma final de Libertadores, com prorrogação, foi difícil. Alguém faria alguma coisa de diferente? Eu dei a minha ideia, as três competições o Flamengo não vai ganhar, vamos em duas pelo menos. ‘Não, vamos nas três’. Tudo bem, sou empregado do clube, vamos embora, mas a conta vai chegar. Não é nem autonomia, autonomia eu tinha, mas eles falam ‘Renato, o nosso grupo é bom, é grande’. O problema maior foi que machucou muita gente ao mesmo tempo, bem na hora dos jogos decisivos nós não tínhamos os jogadores”, completou.