Renato Gaúcho revela que ‘efeito Jorge Jesus’ atrapalhou sua passagem no Flamengo

Treinador contou que houve discordância entre ele e membros da diretoria
Publicado em 19/11/2022 às 21h08

Após a saída do técnico Jorge Jesus só se falava em um nome como o ideal para treinar o Flamengo: Renato Gaúcho. Depois de alguns outros nomes com passagens relativamente frustradas, havia chegada a vez de consumar o casamento desejado por muitos.

O problema é que a lua de mel durou pouco. Em entrevista ao podcast “Cara a Tapa”, do jornalista Rica Perrone, Renato Gaúcho não escondeu nada e falou como foram os bastidores de sua passagem pelo Flamengo – que durou pouco mais de quatro meses.

VEJA TAMBÉM

++ Guardiola na seleção? Vice da CBF surpreende sobre técnico espanhol e alfineta Tite
++ Desfalque na Copa? Benzema sai machucado do treino da França neste sábado
++ Estreia da Copa do Mundo com Luís Roberto é termômetro para próximos anos da Globo; Entenda

Aproveite e siga o Sambafoot no Facebook, no Instagram e no Twitter!

Em determinado momento, o treinador brasileiro revelou que o efeito Jorge Jesus causou uma discordância com a diretoria do Rubro-negro. Para Renato Gaúcho, o ideal era focar no principal desejo. Já para os mandatários, o clube tinha elenco para brigar em todas as frentes, como o treinador português havia feito.

“Quando eu cheguei no Flamengo eu falei: ‘No Grêmio, de vez em quando, eu segurava o time porque quem quer muito nada tem’. O Flamengo tem um grupo bom, fortíssimo, mas estamos tendo muitos problemas de lesão e vai chegar a conta dessas lesões se quisermos ganhar as três competições. ‘Não, mas vamos nas três, vamos tentar brigar nas três’ (diretoria). Eu falei ‘olha, vamos brigar, mas a conta vai chegar. Os jogadores são seres humanos, não vão aguentar jogar três vezes por semana'”, revelou Renato Gaúcho.

“Foi o que aconteceu. Na hora H perdemos muitos jogadores importantes e os meus números deram 73%, 74%. Aí muita gente foi para o departamento médico, conseguimos recuperar os jogadores para a final da Libertadores, só que muitos jogadores Arrascaeta, Bruno Henrique, que eram importantíssimos, Filipe Luís, os caras não entraram 100%, e em uma final de Libertadores, com prorrogação, foi difícil. Alguém faria alguma coisa de diferente? Eu dei a minha ideia, as três competições o Flamengo não vai ganhar, vamos em duas pelo menos. ‘Não, vamos nas três’. Tudo bem, sou empregado do clube, vamos embora, mas a conta vai chegar. Não é nem autonomia, autonomia eu tinha, mas eles falam ‘Renato, o nosso grupo é bom, é grande’. O problema maior foi que machucou muita gente ao mesmo tempo, bem na hora dos jogos decisivos nós não tínhamos os jogadores”, completou.

Jornalista formado pela FACHA, com passagens pelo portal "Lance!", onde entrevistou grandes nomes do esporte, e pelo "Esporte News Mundo", cobrindo o Fluminense. Também...