Relatório da Discriminação Racial no Futebol aponta aumento de 39% nos casos de racismo em 2023

Rio Grande do Sul lidera o ranking de registros, seguido por São Paulo e Minas Gerais
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Publicado em 27/09/2024 às 14h37

Conforme o 10º Relatório da Discriminação Racial no Futebol, os casos de racismo no mundo da bola cresceram 39% em um ano.

O documento, referente a 2023, foi apresentado na seda da CBF, no Rio de Janeiro, na quinta-feira (26), pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

Relatório atual

  • Para chegar ao relatório, o trabalho foi desenvolvido em parceria entre a CBF e o Grupo de Estudos sobre Esporte e Discriminação;
  • O grupo é conduzido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
  • Ednaldo Rodrigues, primeiro negro a comandar a CBF em mais de 100 anos de história, foi o anfitrião do evento, no Rio de Janeiro.

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Aumento nos casos de racismo

Segundo o relatório apresentado pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol, 136 casos de racismo foram registrados em 2023. Em comparação com o ano anterior, com 98 incidentes, representando um aumento de 38,77%.

O documento traz um avanço anual considerado desde 2016. A exceção ocorreu em 2020, devido à pandemia do Coronavírus. O primeiro ano em que a entidade monitorou os casos foi em 2014.

Se comparado àquele período, os registros aumentaram 444%, subindo de 25 casos para 136. Conforme o diretor-executivo do Observatório, Marcelo Carvalho, os dados mostram dois aspectos.

“Esse dado não é só ruim. Também apresenta uma evolução importante, que é uma maior conscientização dos torcedores e dos jogadores. Se a gente tem mais denúncias, é porque a sociedade brasileira está mais atenta a entender o que é racismo e as suas diversas formas de expressão”, afirmou Carvalho, também fundador da entidade.

Além do racismo, o relatório também destaca casos de violência como abuso sexual, assédio, gordofobia, apologia ao nazismo e política no futebol brasileiro, aumentando o recorte de análise. 

Onde acontecem casos de discriminação?

Dos casos registrados no Brasil, segundo o relatório, 74% ocorreram em estádios, 14% na internet e 12% em outros espaços. A maioria deles são de ordem racista.

Rio Grande do Sul lidera o ranking

Entre 104 incidentes raciais em estádios no futebol brasileiro, 91 foram verificados durante partidas de futebol em 21 estados diferentes.

O Rio Grande do Sul foi o líder de casos, com 20, seguido do São Paulo, que registrou 18, e de Minas Gerais, com dez. As demais 13 ocorrências foram registradas no exterior e envolveram atletas, torcedores e/ou membros de equipes brasileiras: cinco na Argentina, quatro no Paraguai e uma em Chile, Uruguai, Venezuela e Peru.

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Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...