Luan teve participação discreta no empate do Grêmio com o Corinthians por 4 a 4, em jogo remarcado da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas não deixou de ser um dos protagonistas na noite de segunda-feira (18), na Neo Química Arena. Prestes a completar dois meses no Tricolor, o meia-atacante reencontrou o clube onde teve passagem decepcionante e relação tensa com a torcida.
O que você precisa saber?
- O ambiente hostil ficou evidente logo no aquecimento antes da partida, quando Luan foi recepcionado com fortes vaias. Retraído, o jogador evitou se aproximar das arquibancadas e ficou boa parte da atividade posicionado no meio-campo.
- Os torcedores do Timão comemoram ironicamente os gols do camisa 7 durante o aquecimento. O “momento de paz” pouco durou, já que os alvinegros o vaiaram novamente na ida para os vestiários.
- Luan entrou aos 35 do segundo tempo, substituindo Luis Suárez, e, além de vaias, ouviu xingamentos como: “Luan, vai tomar no c*” e “Filho da p***”.
O meia-atacante foi vaiado todas as vezes em que pegou na bola e quase foi atingido por um tênis aos 48 do primeiro tempo, quando aguardava autorização para cobrar escanteio pelo lado esquerdo. O jogador entregou o calçado para Ferreira, que levou ao árbitro Wilton Pereira Sampaio.
O árbitro relatou o episódio na súmula. De acordo com artigo 213 III do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), a punição para este tipo de caso é de multa entre R$ 100 e R$ 100 mil.
Pouco antes, Luan poderia ter silenciado a Neo Química Arena. Wilton Pereira Sampaio e a equipe do VAR, no entanto, decidiram que não houve pênalti quando a bola tocou no braço de Yuri Alberto após cruzamento de Ferreira. Após a partida, Renato Gaúcho confirmou que o camisa 7 bateria a penalidade.
“Sim (bateria), ele é um dos batedores. Conversei bastante durante a semana com ele. Não ia provocar ninguém, os jogadores do Corinthians gostam dele. Ele sabe que errou em alguns momentos, mas estava no fundo do poço, se eu não tirasse dali, poderia encerrar a carreira. Ele é bom garoto, não coloquei para provocar ninguém, estamos soltando aos poucos”, afirmou o treinador, em entrevista ao programa “Boleiragem”, do Sportv.
Na manhã desta terça-feira (19), a Comissão de Arbitragem da CBF reconheceu o erro e afastou a equipe do VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG), e os assistentes do VAR, Johnny Barros de Oliveira (SC) e Michel Patrick Costa Guimarães (MG). A entidade ainda avalia uma possível punição a Wilton Pereira. E Luan cumpriu o combinado com seu treinador: em momento algum, revidou as ofensas. O meia-atacante, que ficou em campo por 15 minutos, acertou quatro de seis passes, um drible e perdeu a bola seis vezes.