Quase dois anos após pendurar as chuteiras, Rafael Sobis detonou o presidente e a diretoria do Cruzeiro que comandava o clube durante a sua segunda passagem pela Toca da Raposa, entre os anos de 2020 e 2021.
O que aconteceu?
> Rafael Sóbis disse que Cruzeiro poderia ter caído para a Série C do Brasileirão;
> Jogadores, técnicos e funcionários tiraram dinheiro do próprio bolso para ajudar o clube;
Em entrevista ao Canal do Samuel Venâncio, Sobis falou sobre os constantes atrasos salariais e como o Cruzeiro poderia ter caído para a Série C do Campeonato Brasileiro naquela temporada.
“Falo sem modéstia: nós (jogadores e outros funcionários) salvamos o Cruzeiro da terceira divisão. Era um negócio bizarro, tristeza todos os dias. Vivemos um inferno todos os dias”, disse o ex-jogador.
VEJA TAMBÉM:
++ Cruzeiro x Internacional: D’Alessandro revela dívida do Colorado e ameaça ação na Justiça
++ Internacional e Cruzeiro empatam sem gols no Beira-Rio
++ Após polêmica com mascote Raposão, Cruzeiro criará comitê de torcedores; entenda
Aproveite e siga o Sambafoot no Facebook, no Instagram e no Twitter!
Problemas financeiros
Ao longo da entrevista, Sobis também citou situações inusitadas em que os próprios jogadores, técnicos ou outros funcionários tiveram que tirar dinheiro do próprio bolso.
“Teve uma vez que um jogador foi expulso, e a gente tinha dois jogos fora. Ele tinha que voltar, porque não fazia sentido ele ir para o outro. O Felipão pagou a passagem do bolso dele. Era um calvário. Vocês não têm noção do que a gente vivia”, contou Sobis, na época em que Luiz Felipe Scolari era o treinador da equipe.
Além disso, ele falou sobre a ajuda de Manoel, hoje no Fluminense, com problemas financeiros de outros jogadores que estavam com salários atrasados.
“O Manoel ajudou a pagar parto de filho de colega nosso. Também ajudou a pagar conta de luz de jogador. Não tinha como, e os caras na imprensa xingando a gente. A gente ainda tinha que jogar”, completou.
De acordo com o ex-jogador, o então presidente do clube Sérgio Santos Rodrigues, pedia ajuda aos jogadores mais experientes para contar o vestiários em meio aos atrasos de salários.
“Me ligava: “Me ajuda, porque os caras estão bravos comigo. Não tenho dinheiro, eu prometi e não cumpri”. Ele não aparecia. Eu, Fábio e Brock que seguramos a bronca. Morei quatro meses na Toca. Tirava dinheiro do bolso para ajudar as pessoas”, disse Sobis.
