Nesta quarta-feira (20), o ex-atacante Robinho teve a sentença de prisão de 9 anos homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Com isso, a corte brasileira entendeu que a condenação que Robinho sofreu na Itália por estupro pode ser cumprida no Brasil. A defesa do ex-jogador entrou com pedido de habeas curpus no Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido está no gabinete do ministro Luiz Fux.
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Relação entre Robinho e Jair Bolsonaro
Nos últimos anos, Robinho declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL/RJ). Seja durante o governo do ex-presidente, seja nas últimas eleições ou até mesmo em atos convocados por apoiadores do ex-presidente.
Em 2020, em entrevista à Fox Sports, Robinho disse que era perseguido como Bolsonaro. Na época, o ex-atacante já tinha sido condenado na Itália por estupro, mas aguardava a análise de recursos impetrados pela defesa.
“As pessoas estão me julgando e me atacando igual fazem com o Bolsonaro. Eu não entendo porque estão me atacando assim”, disse o ex-atacante.
Apoio nas eleições
Em 2022, às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais, Robinho postou uma foto com a camisa da seleção brasileira fazendo o 22, número da urna de Bolsonaro.
Na legenda, Robinho escreveu “22” e colocou uma bandeira do Brasil. Na época, o ex-atacante já tinha sido condenado pela última instância da justiça italiana.
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Participação em atos antidemocráticos
Segundo o UOL, Robinho participou de atos antidemocráticos após a derrota de Jair Bolsonaro em 2022 para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Robinho estava de máscara, touca e enrolado em uma bandeira do Brasil. O ato, em questão, ocorreu em São Vicente, que faz limite com Santos, no litoral paulista.
Robinho disse que foi vítima de racismo
Em entrevista à TV Record, o brasileiro – condenado em todas as instâncias da justiça italiana – relembrou os fatos acontecidos em uma boate de Milão, em janeiro de 2013. Robinho confirmou que houve uma relação sexual com a mulher, porém que o ato foi consentido. O atleta não mostrou provas que não tenha cometido o estupro.
“Ela lembra o que tinha acontecido no local, a cor da minha camisa, quantas pessoas estavam no lugar. Temos imagens de que ela estava combinando de se aproximar de mim depois de a minha esposa deixar o local. Ela estava com outros rapazes. E foi para outro lugar com os mesmos rapazes até altas horas da madrugada. Em nenhum momento ela estava alterada, teve comportamento diferente. Ela dançou com outros rapazes, não era local fechado. Não era local violento, que não dava para ver. Ela não aparentou estar inconsciente. As provas mostram que ela não estava inconsciente”, disse Robinho.
O jogador ainda reclamou do encaminhamento do processo na Itália e afirmou ter sido vítima de racismo na Europa.
“Cansei de ver histórias de racismo, com companheiros meus. Os mesmos que não fazem nada com isso são os mesmos que estavam no meu julgamento. Se meu julgamento fosse para um italiano, um branco, tenho certeza que seria diferente. Quem cometeu esse tipo de crime tem que pagar mesmo, mas não foi o meu caso. O meu caso é uma falsa acusação. Não sou esse monstro”, finalizou Robinho.
O ex-presidente Bolsonaro não emitiu posicionamento sobre o caso Robinho até essa quinta-feira (21).