Os bastidores do Corinthians estão pegando fogo nos últimos dias após péssimas notícias com a iminente saída de Carlos Miguel pela baixa multa rescisória do goleiro, da rescisão unilateral do contrato de patrocínio máster e da debandada de diretores.
A perda de apoio político e a saída do patrocinador fez a oposição do Corinthians se movimentar para protocolar um pedido de impeachment de Augusto Melo, porém o atual mandatário do Timão afirmou, nesta segunda-feira (10), que “ninguém vai dar um golpe" no Corinthians.
Timão em crise
- Corinthians está em crise dentro e fora de campo;
- Augusto Melo perdeu apoio político dentro do Parque São Jorge;
- Presidente afirmou nesta segunda-feira (10) que não tem medo de ser tirado do comando do clube.
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“Impeachment não existe"
A crise dentro do Corinthians fez a oposição dentro do Timão se movimentar nos bastidores para tentar um projeto de impeachment para tirar o presidente Augusto Melo, porém o mandatário avisou que não vai aceitar um “golpe dentro do clube".
– Impeachment não existe. E golpe aqui ninguém vai dar. Fui eleito pelo voto, foram 16 anos de uma dinastia e ninguém vai mudar isso. Errei, estamos corrigindo e o impeachment não me assusta. Foi uma traição, traição vem de onde ninguém se espera. Agora se não tem competência, não estará mais aqui – garantiu Augusto Melo, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (10).
Perda de base aliada
Pressionado politicamente e lotado de polêmicas em pouco mais de seis meses de gestão, Augusto Melo viu sua base aliada esfarelar. O diretor jurídico Yun Ki Lee, o diretor financeiro Rozallah Santoro e o diretor-adjunto de futebol Fernando Alba deixaram o clube após questões extracampo, principalmente sobre o caso de uma “empresa laranja" no contrato de patrocínio da casa de apostas ‘VaideBet".
Articulação da oposição
O péssimo momento no Parque São Jorge fez a oposição se movimentar para avaliar um pedido de impeachment de Augusto Melo com base no Artigo 106 – Inciso B, do estatuto do clube, que fala em: "Acarretado, por ação ou omissão, prejuízo considerável ao patrimônio ou à imagem do Corinthians" é um motivo "para requerer a destituição dos administradores (Presidente da Diretoria ou de seus Vice-Presidentes)".
A oposição entende que o presidente foi o responsável pela perda do patrocínio com a casa de apostas. O acordo previa um pagamento de R$ 370 milhões ao Timão pela exposição da marca no principal espaço da camisa alvinegra por três anos.
Hoje, a partir das 10h, o presidente Augusto Melo concederá entrevista coletiva no CT Dr. Joaquim Grava, com transmissão da Corinthians TV.
👉🏽 https://t.co/Od7AsprWPV#VaiCorinthians pic.twitter.com/LhlK9Jrwzc
— Corinthians (@Corinthians) June 10, 2024
Eleições indiretas no Conselho Deliberativo
Apesar de embrionário, o pedido de impeachment só será debatido dentro do clube caso a oposição se organize e abra o processo. Neste cenário, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., deve convocar uma votação em até 30 dias.
Caso Augusto Melo saia derrotado, o Corinthians passará por uma eleição indireta com membros do Conselho para escolha de um novo mandatário.
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