O clube mexicano Pumas decidiu rescindir o contrato com o lateral-direito Daniel Alves por justa causa. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (20) pelo presidente do clube, Leopoldo Silva, após a prisão do atleta de 39 anos, na Espanha. O brasileiro é acusado de agressão sexual.
“Com esta decisão, o clube reitera seu compromisso de não tolerar atos de nenhum integrante da nossa instituição que atentem contra o espírito universitário e seus valores", diz a nota, lida por Silva.
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Conduta de atletas não pode prejudicar filosofia de trabalho do clube, diz dirigente
Pelo Pumas, o lateral disputou 13 partidas, fez quatro assistências, e não marcou nenhum gol. O jogador jogou pela última vez com a camisa do clube mexicano no dia 8 de janeiro (domingo), na vitória sobre o Juárez.
Anuncio a la afición universitaria y medios de comunicación por parte del Ing. Leopoldo Silva, presidente del Club Universidad Nacional.#SoyDePumas #OrigenDeLaPasión pic.twitter.com/FyaTdWEK6s
— PUMAS (@PumasMX) January 20, 2023
Leopoldo Silva defendeu os valores do clube mexicano para justificar a decisão: “Não podemos permitir que a conduta de uma pessoa prejudique nossa filosofia de trabalho, que é exemplo ao longo da história na formação e desenvolvimento de jovens esportivos em nosso país", disse o dirigente.
Antes do comunicado da dispensa por justa causa, o Pumas emitiu uma nota afirmando que executaria as ações e sanções já previstas em contrato, após a detenção do lateral, pela manhã. Horas depois de ter a prisão preventiva decretada, o clube mexicano anunciou a rescisão de contrato com o brasileiro.
Daniel Alves foi ao Pumas em julho de 2022, seis meses após encerrar sua segunda passagem pelo Barcelona. O clube foi o sétimo da carreira do lateral-direito.
Entenda o caso
O crime teria ocorrido no dia 30 de dezembro de 2022, na área VIP da casa noturna Sutton, na Catalunha. Daniel Alves e um amigo teriam convidado a suposta vítima para a parte VIP da boate, e Daniel Alves teria tentado, algumas vezes, colocar a mão da moça em suas partes íntimas sem o consentimento da mulher.
O jogador admitiu estar no local, mas nega a acusação. Apesar de ter sido atendida pela polícia catalã, a mulher preferiu não denunciar o jogador, fazendo apenas no dia quatro de janeiro, quando a investigação foi iniciada.
Imagens do circuito interno do estabelecimento mostram a suposta vítima indo ao banheiro, com entrada unissex, assim como Daniel Alves. De acordo com a emissora catalã Antena3, que teve acesso ao vídeo, o lateral deixa primeiro o banheiro, com a mulher saindo em seguida e apresentando uma possível crise de ansiedade. Ela foi atendida por uma agente mulher do Mossos d’Esquadra (polícia da Catalunha), que deu início ao protocolo para casos de suposta agressão sexual.
Confira a primeira nota do Pumas na íntegra:
“Segundo informações relacionadas ao jogador Dani Alves, quanto à situação jurídica processual em que se encontra, o Club Universidad Nacional [Pumas] executará as ações e sanções propícias, conforme estabelecido em contrato de vínculo empregatício que foi celebrado com o atleta, assim como no Regulamento Interno de Trabalho. O Clube informará em breve o que irá apurar sobre este caso"
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