O departamento médico do Santos comunicou, na última quinta-feira (22), o afastamento do meia Carlos Sánchez. O uruguaio teve uma alteração em um de seus exames de pré-temporada.
Livre-docente na USP e coordenador do programa de infarto do HCor, o cardiologista Leopoldo Piegas explicou que as medidas tomadas pelo clube alvinegro foram as mais corretas e que, por enquanto, é momento de esperar os resultados da nova bateria de exames e o diagnóstico do problema.
De acordo com as informações divulgadas pelo Peixe, Carlos Sánchez apresentou alteração na coronária em um teste de força realizado durante a pré-temporada da equipe no CT Rei Pelé. O meia não tem histórico de doença cardíaca, não sente dores, mas, por precaução, está em repouso.
As coronárias são os vasos sanguíneos (artérias) que nutrem o músculo cardíaco e são fundamentais para o funcionamento do coração.
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Carlos Sánchez em treino no Santos no dia 16 de dezembro — Foto: Ivan Storti / Santos FC
— Há a possibilidade de que haja uma placa de gordura dentro de uma das coronárias, que começa a obstruir o fluxo de sangue. Quando isso chega em um determinado ponto, aparece nos testes, sobretudo nos testes de força. Essa alteração pode ser decorrente de uma placa, e a melhor maneira de checar é com uma tomografia — explicou o médico.
Segundo o cardiologista, ainda não é possível dizer se o uruguaio terá que pendurar as chuteiras por conta do problema. O caso é complexo. É necessário ter cautela.
— Os problemas nas coronárias, que são essa obstrução, geralmente aparecem por volta dos 55 anos, mas em alguns casos podem aparecer antes. Pode aparecer aos 30, 35, 40 anos. Há tratamento, muitas pessoas com esse tipo de problema são liberadas para praticarem esporte, mas no caso do esporte profissional é necessário ver caso a caso.
Com contrato até julho deste ano, e a princípio com a intenção de renovar até o fim da temporada, o meia de 38 anos é um dos mais experientes do elenco, com participações em Copas do Mundo e títulos internacionais e continentais.
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