Primeiro gol do Fluminense contra o São Paulo deveria ter sido anulado? Entenda!

Ex-árbitros analisaram o lance e apontaram um erro gravíssimo da arbitragem
Publicado em 02/09/2024 às 17h44

A vitória do Fluminense sobre o São Paulo no último domingo (1º), no Maracanã, gerou intensa revolta entre jogadores e comissão técnica do clube Paulista.

A principal queixa do São Paulo recai sobre o primeiro gol da partida, marcado por Kauã Elias ainda no primeiro tempo, que, segundo eles, deveria ter sido anulado.

São Paulo perde no Maracanã

  • O São Paulo visitou o Fluminense, em mais uma rodada do Brasileirão;
  • O Tricolor Paulista acabou derrotado para o Flu, com gols de Kauã Elias e Keno;
  • Com a derrota, o Soberano caiu para a sexta colocação, com 41 pontos.

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Irregularidade

O lance envolvendo Kauã Elias foi revisado pelo árbitro de vídeo (VAR), mas a decisão final de validar o gol coube ao árbitro de campo, Paulo Cesar Zanovelli da Silva (Fifa-MG).

A situação em questão ocorreu aos 31 minutos do primeiro tempo, quando Calleri, atacante do São Paulo, disputava a bola com Thiago Santos, zagueiro do Fluminense, no campo defensivo da equipe carioca.

O argentino reclamou de uma falta, levando as mãos ao rosto, mas o assistente Guilherme Dias Camilo sinalizou uma infração contra o atacante são-paulino. Ao ver a sinalização, Santos parou a bola com as mãos, aparentemente pronto para cobrar a falta. No entanto, Paulo Cesar Zanovelli não havia apitado, o que significa que o jogo ainda estava em andamento.

Comissão do São Paulo se revolta

O técnico do São Paulo, Luis Zubeldía, expressou sua insatisfação com o lance após a partida.

– Se o árbitro não apita, como permite que Thiago toque na bola com a mão? Depois, ele volta a ver as imagens. Se deu vantagem, estava de costas para o lance, e Thiago colocou a mão. Ele foi revisar no VAR, mas não entendo o que faltou. Não apitou, e ainda assim o lance seguiu – afirmou.

A situação se torna ainda mais controversa ao se considerar as regras estabelecidas pela International Football Association Board (IFAB). Segundo o livro, o árbitro deve apitar para indicar a infração se entender que não houve vantagem. No caso específico de uma falta no campo de defesa, sem barreira, não é necessário o apito para reiniciar o jogo, mas a paralisação da jogada requer a sinalização clara do árbitro por meio do apito, o que não aconteceu neste caso.

Ex-árbitros analisam o lance

Renata Ruel, ex-árbitra e comentarista dos canais ESPN, também criticou a decisão: “Thiago Santos, ao ver a sinalização do assistente, para a bola com a mão. O árbitro, nesse momento, está de costas e não vê a mão deliberada. O gol do Fluminense saiu na sequência. O árbitro em campo deu o gol, o VAR revisou e, mesmo com as imagens da mão do Thiago Santos, validaram o gol. É um erro grave."

Manoel Serapião Filho, ex-árbitro e um dos idealizadores do VAR, compartilhou uma visão semelhante: “Se o árbitro deu vantagem, Thiago Santos cometeu uma falta ao pegar a bola com a mão, pois o jogo não deve parar apenas com a sinalização do assistente. Se a falta foi marcada, o gol não deveria ser anulado, pois houve falha do árbitro em não usar o apito. A ida ao monitor só se justificaria para anular o gol, caso fosse uma questão de vantagem. Nossa arbitragem está, de fato, confusa."

Pronunciamento da CBF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não se pronunciou sobre a análise do VAR.

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