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A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, conseguiu uma medida protetiva contra o presidente e os vices da principal torcida organizada do clube, Mancha Alviverde.
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O que aconteceu?
- Leila Pereira teria sofrido ameaças de perfis fakes durante uma live, que transmitia o protesto realizado por torcedores do Verdão na porta da empresa da presidente, no dia 29 de junho deste ano.
- A presidente do Palmeiras vem sendo alvo de outras manifestações. Uma delas, depois da live, aconteceu no dia 22 de julho, antes do jogo contra o Fortaleza, no Allianz Parque.
- O juiz Fabrício Reali Zia decidiu que o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luis Sampaio Santos, e os vice-presidentes Thiago Melo (“Pato Roko”) e Felipe de Mattos (Fezinho) estão proibidos de terem contato pessoal ou virtual com Leila.
- O magistrado decretou que os três precisam manter uma distância mínima de 300 metros do ambiente de trabalho ou da residência da mandatária.
- Caso as determinações não sejam cumpridas, os três representantes da organizada poderão ser presos preventivamente.
- Na sentença, o juiz menciona que, de acordo com a própria Leila Pereira e as autoridades policiais, o protesto organizado pela torcida tinha como objetivo “ameaçar a presidente do Palmeiras”.
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Observa-se que o principal representante da torcida palmeirense postou o referido ato sem seus perfis e, segundo a vítima, utilizou-se do protesto para promover-se em suas redes sociais, atingindo com isso milhares de pessoas e interações. Tais interações possuíam conteúdo como:
- “Tem que meter bala na Leila”
- “Se me arrumar uma arma, eu mato a Leila”
- “Vou aparecer nos jornais por ter encomendado a morte da Leila”
- “Não tem como usar de violência para cobrar a Leila?”
- “Leila deveria ser espancada com barras de ferro”
- “Coroa de flores para a Leila”
- “Tem que quebrar a sede da Crefisa”
— Juiz Fabrício Reali Zia, em decisão.
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O magistrado pediu, ainda, os dados de 19 perfis de usuários do Twitter e Instagram, suspeitos de fazerem ameaças direcionadas a Leila.
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Qual o motivo dos protestos?
A torcida do Palmeiras vem cobrando contratação de reforços, e este seria um dos motivos dos protestos contra a presidente do Verdão. Neste ano, o Alviverde fez apenas duas contratações, ambas no início do ano: Artur e Richard Ríos.
Além da demora em trazer reforços para o elenco de Abel Ferreira, a torcida estaria protestando contra os preços dos ingressos para os jogos no Allianz Parque, considerados “os mais caros do Brasil” pelos torcedores.
Os palmeirenses também vêm ironizando a compra do avião de Leila Pereira, para uso do elenco Alviverde durante a temporada.
Os protestos chegaram até a Times Square, em Nova York. A Mancha Alviverde exibiu uma mensagem em um dos telões do local, questionando a ausência de contratações para o time em 2023. Nenhuma das negociações que o Palmeiras tentou na janela do meio do ano teve sucesso.
Leila Pereira e a Mancha Alviverde romperam relações em 2022. Uma das empresas da mandatária patrocinava a organizada no carnaval, além de custear viagens para jogos do Verdão. Após o rompimento, essa “ajuda” acabou.
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