Presidente da Fifa propõe derrota automática em casos de racismo

Em comunicado oficial Gianni Infantino propõe medidas rígidas para combater a discriminação racial no futebol
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Publicado em 21/01/2024 às 09h54

O último confronto entre Milan e Udinese foi marcado por um triste episódio de racismo direcionado ao goleiro Maignan, resultando na interrupção temporária da partida.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, não hesitou em emitir um comunicado oficial, expressando solidariedade e apoio ao jogador e propondo medidas enérgicas para combater a discriminação racial no futebol.

O que diz o comunicado de Gianni Infantino:

  • Manifestação de apoio ao goleiro Maignan, vítima de racismo durante o jogo entre Milan e Udinese;
  • Proposta de derrota automática para times cujos torcedores praticarem racismo, levando ao abandono da partida;
  • Sugestão de proibições globais de estádios como punição adicional;
  • Defesa da imposição de acusações criminais contra os responsáveis por atos racistas.

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Manifestação de apoio

Gianni Infantino destacou o repúdio da Fifa aos incidentes ocorridos não apenas em Udine, mas também em Sheffield, na Inglaterra, ambos no último sábado, dia 20 de janeiro.

O presidente da FIFA classificou os eventos como “totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis", reforçando a posição da entidade contra qualquer forma de discriminação.

“Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio."

O que aconteceu no Jogo Milan x Udinese?

O incidente que desencadeou o comunicado do presidente da Fifa ocorreu durante a partida válida pelo Campeonato Italiano entre Milan e Udinese, que terminou com a vitória do Milan por 3 a 2.

O jogo foi interrompido por aproximadamente cinco minutos após o goleiro Maignan relatar ofensas racistas.

Em resposta, os jogadores deixaram momentaneamente o campo, retornando posteriormente ao jogo.

Propostas do presidente da Fifa para combater o racismo

No comunicado, Gianni Infantino propôs medidas enérgicas para erradicar o racismo no futebol:

Derrota automática

Infantino sugeriu que, em casos em que torcedores racistas causem o abandono de uma partida, o time associado a esses torcedores sofra uma derrota automática. Essa proposta visa responsabilizar os clubes pela conduta de seus adeptos.

Proibições mundiais de estádios

Além da derrota automática, o presidente da Fifa defendeu proibições globais de estádios para equipes cujos torcedores estejam envolvidos em episódios racistas. Essa medida busca criar uma punição significativa e dissuasiva.

Acusações criminais

Para os indivíduos que praticam atos racistas, Infantino propôs a aplicação de acusações criminais. Essa abordagem busca responsabilizar legalmente aqueles que contribuem para comportamentos discriminatórios nos estádios.

Chamado à ação e educação

Além das medidas punitivas, Gianni Infantino apelou à necessidade de educação, instando as partes interessadas a implementarem ações educacionais nas escolas.

O objetivo é garantir que as gerações futuras compreendam a inaceitabilidade do racismo tanto no futebol quanto na sociedade em geral.

Solidariedade da Fifa

O comunicado conclui com a Fifa expressando total solidariedade às vítimas do racismo e qualquer forma de discriminação.

A mensagem final é clara e direta: “De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!"

Confira a íntegra do comunicado:

“Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.

Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.

Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.

A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!"

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Meu nome é Tatiana Oliveira, sou jornalista e estou dando meus primeiros passos na cobertura esportiva. Anteriormente, atuei como redatora e editora de entretenimento no...