Durante o 48º Congresso Ordinário da UEFA, realizado em Paris, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, renovou o chamado por medidas enérgicas no combate ao racismo no futebol.
Nesta quinta-feira, 08, o dirigente enfatizou a necessidade de uma derrota automática para equipes envolvidas em episódios de discriminação racial, salientando que as ações atualmente em prática não são suficientes para erradicar essa prática criminosa.
Está piorando?
- Infantino faz forte apelo contra o racismo no futebol;
- O brasileiro Vinicius Junior é um dos jogadores do esporte que mais sofreu racismo recentemente;
- Racistas seguem praticando a ação criminosa, e muito pouco são punidos.
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O que disse Infantino?
“Há muitos incidentes racistas nos últimos tempos. É preciso parar isso. O racismo é crime, é preciso erradicá-lo. O que fazemos não é suficiente. O que eu sugiro, todos juntos, nos três meses que vêm, antes do congresso da FIFA, em maio, é que nós trabalhemos para encontrar soluções”, declarou o presidente, em meio à reunião de dirigentes do continente europeu.
Mudanças já!
O apelo de Infantino ecoa em um cenário onde a discriminação racial continua a assombrar o esporte, como evidenciado pelos recorrentes ataques ao atacante brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid e da Seleção Brasileira.
O jogador, alvo de ameaças de morte e insultos depreciativos, clama por punições mais severas, enquanto as autoridades ainda carecem de ações contundentes diante dos episódios de racismo.
Recentemente, a LaLiga denunciou novos casos de insultos racistas contra Vinicius Jr. durante uma partida contra o Getafe. Apesar dos esforços da entidade em relatar tais incidentes à Comissão Antiviolência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), a impunidade persiste, com mais de 10 denúncias sem resultar em sanções esportivas.
Soluções?
Diante desse panorama, Infantino reiterou a proposta de derrota automática para clubes envolvidos em atos racistas, um protocolo que inclui a interrupção da partida até duas vezes antes de sua declaração como abandonada. Esta medida, defendida pelo presidente da FIFA desde janeiro, visa impor responsabilidades diretas aos infratores e às entidades que os representam.
Enquanto o debate sobre o combate ao racismo no futebol ganha força, diversas propostas têm sido apresentadas, incluindo punições mais rigorosas, programas educacionais desde as categorias de base e políticas afirmativas envolvendo clubes, federações, patrocinadores e autoridades públicas.
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Por um futuro melhor
Essas medidas foram discutidas em uma audiência pública da Comissão de Esporte (Cesp), demonstrando um movimento conjunto para erradicar uma prática que ainda persiste nos gramados e arquibancadas do mundo todo.
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— FIFA World Cup (@FIFAWorldCup) February 7, 2024
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A luta contra o racismo no futebol requer ações imediatas e coordenadas em todos os níveis do esporte, visando a construção de um ambiente inclusivo e respeitoso para jogadores, torcedores e todos os envolvidos nesse espetáculo global.
