O cenário tumultuado que levou à destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira (7), foi minuciosamente detalhado em um material elaborado pelo Jogada10, mostrando um panorama abrangente do imbróglio jurídico e suas possíveis consequências imediatas.
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O que aconteceu?
• A controvérsia que culminou na saída de Ednaldo do comando da CBF teve origem numa ação relacionada à sua eleição para presidência no período de 2022 a 2026.
• Sua ascensão ao cargo ocorreu em agosto de 2021, em substituição a Rogério Caboclo, afastado por denúncias de assédio moral e sexual.
• Ednaldo, respaldado pelo apoio de 23 das 27 federações estaduais, sucedeu o mandato de Caboclo.
• No entanto, durante sua gestão, Ednaldo tentou encerrar uma ação judicial de 2015 envolvendo os clubes das Séries A e B, que buscavam direito a voto na presidência da CBF.
• A proposta de acordo com o Ministério Público foi aceita pelos clubes, resultando na antecipação das eleições em 2022, quando Ednaldo foi eleito para o mandato de 2022 a 2026. Mas, os vices eleitos para o período de 2017 a 2023 na gestão Caboclo contestaram a decisão, alegando perda de um ano de mandato, o que levou a um embate jurídico.
• O Tribunal de Justiça, em sua decisão na última quinta-feira (7), alegou que o Ministério Público não possuía legitimidade para julgar o caso e fazer o acordo em 2022, anulando a eleição antecipada.
• Ednaldo deveria, portanto, exercer a presidência até março de 2023, quando se encerraria o mandato de Caboclo.
• Diante da ausência de um presidente legal para o mandato no próximo triênio, foi nomeado um interventor, o presidente do STJD, José Perdiz.
• A perspectiva é de que o interventor organize eleições em um prazo de 30 dias, mas isso não o coloca automaticamente como novo mandatário da CBF.
• O eleito nesse pleito assumirá o cargo.
• Quanto à possível volta de Ednaldo ao cargo, há chances consideráveis. Ele pode recorrer à Justiça ou se candidatar na próxima eleição que o interventor deve convocar.
• Sua saída não se deu por questões de corrupção, mas sim pela decisão do Tribunal de Justiça sobre a legitimidade do Ministério Público em acordos com entidades privadas.
• Ednaldo possui apoio de algumas federações e é um candidato de peso frente ao grupo de oposição liderado por Marco Polo Del Nero, com influência de Ricardo Teixeira.
E o Ancelotti?
• A situação do novo treinador da Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti, que supostamente teria um acordo com Ednaldo para assumir após a Copa América, torna-se incerta diante do contexto político atual.
• Sem documento assinado, Ancelotti pode considerar arriscado assumir o cargo neste momento turbulento, permanecendo, possivelmente, no Real Madrid.