A polícia de Madri anunciou nesta quinta-feira (02) que encontrou traços de DNA e impressões digitais no boneco com a camiseta de Vinicius Júnior que foi encontrado enforcado em uma ponte da cidade no dia 26 de janeiro, antes da partida do time do atacante brasileiro com o Atlético de Madrid. Além disso, placas de carros suspeitos foram captadas por câmeras de trânsito.
Na ponte acima do boneco, uma faixa vermelha com a inscrição “Madri odeia o Real” indicava que o ato foi cometido por torcedores do clube rival. O time, no mesmo dia, repudiou a ação afirmando que “fatos como esse são absolutamente repugnantes e inadmissíveis e constrangem a sociedade. A rivalidade entre os dois clubes é máxima, mas o respeito também. Desconhecemos o autor ou autores desse ato desprezível, mas o anonimato não isenta sua responsabilidade. Esperamos que as autoridades possam esclarecer o ocorrido e que a Justiça ajude a banir esse tipo de comportamento”.
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Esforços contra o racismo
O ato contra Vinicius Júnior fez com que diversas entidades se reunissem pela Comissão Estatal contra a Violência, o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância no Esporte, ligada ao Ministério de Cultura e Esporte da Espanha, na última segunda-feira (30). Quatorze representantes destas instituições participaram de uma reunião para debater formas de conter e punir “condutas de violência, racistas, xenófobas e intolerantes que frequentemente estão se manifestando nos estádios esportivos”.
A comissão, pela primeira vez, se reuniu no prédio do Ministério Público, com o objetivo de dar maior visibilidade ao caso, que não foi a primeira ofensa racista que o atacante brasileiro sofreu na Espanha. Na partida contra o Valladolid, no dia 30 de dezembro de 2022, dez torcedores chamaram Vinicius Júnior de “macaco”. As entidades propõem o banimento dos culpados de eventos esportivos por um ano, além de multas no valor de 4 mil euros (cerca de R$ 22 mil).
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