Técnico do Cruzeiro defende Ronaldo e desabafa: “Me fecho em casa e choro”

Treinador abriu o coração para os torcedores da Raposa e defendeu Ronaldo
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Publicado em 12/03/2023 às 15h37

O técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, abriu o coração para os torcedores da Raposa após a derrota por 2 a 0 para o América-MG, pela ida da semifinal do Campeonato Mineiro na Arena Jacaré, em Sete Lagoas. Após o apito final, o comandante uruguaio defendeu Ronaldo dos xingamentos e pediu mais apoio na sequência da temporada.

– Quero falar uma coisa ao torcedor. Vai ser duro porque o torcedor vai xingar o Pezzolano, mas falo de coração. Quando cobra tem que cobrar porque é uma equipe gigante, mas não esqueçam: o Cruzeiro está na Série A, mas se não chegasse o Ronaldo, estaria na B ou na C. Não podemos ter uma memória tão curta. Vamos sofrer por dois ou três anos. Só peço para ter paciência, porque se não tiver, vai trazer muita responsabilidade para o campo e prejudicar resultados pela frente. Entendo que é paixão, mas peço-lhes de coração, pelo Cruzeiro – iniciou o treinador.

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“Nunca fui torcedor do Cruzeiro, sou uruguaio, mas hoje sou um torcedor a mais. Eu amo o Cruzeiro, minha família ama o Cruzeiro. O time está jogando mal, a culpa é minha, pronto. Eu também sofro, porque sou o primeiro que quer ganhar. Às vezes me fecho em casa, choro e bato na parede, mas se vocês amarem o Cruzeiro, entenderão o momento. Gosto do torcedor, mas vai ser muito pesado esse ano. Espero que entendam, que abracem a equipe e cada jogador. Estão fazendo o que podem. Eu também queria só craques, mas não vamos os ter. Se sou torcedor do Cruzeiro hoje, estou feliz por estar na Série A e porque chegou o Ronaldo. A partir daí vamos para frente e passar esse momento duro juntos”, concluiu o comandante celeste.

Briga no vestiário

O clima no vestiário do Cruzeiro esquentou após a derrota no clássico com jogadores da Raposa discutindo nos corredores do estádio. Os seguranças do clube entraram no local e o gestor de futebol da Raposa, Andrés D’Alessandro, precisou intervir após os ânimos se acalmarem. O técnico Paulo Pezzolano também confirmou a confusão.

– O vestiário, quando acaba o jogo, acontece algumas coisas assim, algumas discussões, algumas broncas. É normal. Imagina se no vestiário todos estivessem com a boca fechada e felizes, seria um problema. Isso mostra que sabemos que erramos. Assumir responsabilidade é o mais importante. Jogador tem que estar tranquilo, eles, como equipe, vão ser muito fortes. Estamos arrumando isso – explicou Pezzolano na entrevista coletiva.

Jornalista formado pela UMESP com quase uma década de experiência. Passagens por Torcedores e Futebol Latino/Lance!. Ainda lembra de assistir aos jogos da Copa do Mundo...