O Sport oficializou, na última terça-feira (4), a gratuidade de pessoas com deficiência (PcDs) em jogos na Ilha do Retiro, no Recife. A medida entra em vigor já a partir de abril, e faz parte das ações promovidas pelo Ilha Plural, iniciativa do clube em prol da inclusão e enfrentamento às violências.
Para conseguir o ingresso, é necessário fazer um cadastro na secretaria social do clube, apresentando o RG com a devida sinalização de PcD. O espaço destinado a estas pessoas será o Assento Especial, com cadeiras preferenciais, exceto os cadeirantes, que ficarão no setor da Sociais. Durante o mês de abril, o Sport irá oferecer uma cortesia para acompanhante, em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo.
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De acordo com a vice-presidente de inclusão e diversidade do Sport, Roberta Negrini, o clube busca mostrar que o público é relevante e que também façam parte da história.
“Essa é uma entrega da Ilha Plural para a comunidade PCDs e o reflexo disso tudo é a questão das gratuidades. Queremos que usufruam da Ilha do Retiro, sintam-se parte da nossa família. Existe um olhar de promover iniciativas para a inclusão e entendemos que a primeira delas é oferecer gratuidade, ou seja, mostrar que são um público muito relevante e que queremos abraçar de toda forma”
Sport prepara ação de conscientização para o autismo
Além da gratuidade para PcDs, o clube, por meio do Ilha Plural, está desenvolvendo uma outra ação em alusão ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, que foi celebrado no último dia 2 de abril (domingo).
O Leão da Ilha planeja a entrada de 11 crianças autistas como mascotinhos do Sport neste mês, além de reservar cadeiras preferenciais com adesivo do laço do autismo na Ilha. Também é pensado em um torcedor com transtorno do espectro autista (TEA) puxar o Cazá Cazá. A data e o jogo em questão ainda serão definidos.
Para Negrini, é necessário desmistificar a ideia de que uma pessoa com TEA não possa conviver em ambientes com barulho ou muitas pessoas.
“Entendemos que é possível fazer essa mudança a partir de espaços reservados e dedicados a essa população. É uma ação inédita para os clubes no Brasil e nossa grande intenção é que isso se torne uma inspiração não só para outros times, mas para eventos públicos. A partir do momento que a gente entende que o número é muito relevante de pessoas e crianças com espectro autista, a gente acaba se tornando um veículo de inspiração para inclusão”, concluiu a vice-presidente.