“Perdemos nosso professor”: Felipão lamenta morte de Zagallo

Luiz Felipe Scolari foi técnico na única conquista de Copa do Mundo do Brasil que não teve a participação do Velho Lobo
Publicado em 07/01/2024 às 19h21

Mário Jorge Lobo Zagallo faleceu na última sexta-feira (5) aos 92 anos. Luiz Felipe Scolari, técnico na única conquista de Copa do Mundo do Brasil que não teve a participação do Velho Lobo, lamentou a perda de um “professor”.

Mais sobre Zagallo

> O Velho Lobo conquistou as Copas do Mundo de 1958 e 1962 como jogador;

> Em 1970, Zagallo era o técnico do time tricampeão;

> Por fim, em 1994, ele foi auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira no tetracampeonato mundial.

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“Hoje é um dia muito triste para nós do futebol brasileiro e mundial. Perdemos nosso professor. Perdemos alguém que nos ensinou, direcionou e colocou em caminhos que jamais imaginávamos pela sua qualidade e competência. Como pessoa, melhor ainda. Quero deixar meus pêsames para a família e que o Mário Jorge Lobo Zagallo descanse em paz”, afirmou Felipão, atual técnico do Atlético-MG.

Zagallo e Felipão em Copas

Felipão foi o técnico da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002, quando o Brasil conquistou o Mundial pela quinta vez. A edição foi a única vez em que a seleção nacional venceu a competição sem a participação de Zagallo.

O Velho Lobo conquistou as Copas do Mundo de 1958 e 1962 como jogador. Em 1970, Zagallo era o técnico do time tricampeão. Por fim, em 1994, ele foi auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira no tetracampeonato mundial. Ele é, até hoje, a única pessoa que participou de quatro conquistas de Copa do Mundo.

Documentário sobre Zagallo

O Sambafoot lançará um documentário sobre Zagallo no dia 13 de março. Com o título “Zagallo: Vocês vão ter que me engolir”, a produção original terá sete episódios que serão exibidos no canal oficial do Sambafoot no YouTube. A série abordará toda a carreira de Zagallo, desde o início como jogador juvenil no América-RJ até as glórias como tetracampeão mundial.

Além disso, o documentário irá falar sobre as polêmicas da vida de Zagallo, como a convocação de Dário para a Copa de 1970, o caso do dinheiro do governo da Líbia em troca de amistosos da seleção brasileira, o corte de Romário na Copa de 1998 e o “oba-oba” da seleção na Suíça, em 2006.

Zagallo como jogador em clubes

Como jogador, Zagallo defendeu apenas dois clubes ao longo de sua carreira: Flamengo e Vasco. O Velho Lobo foi revelado pelo rubro-negro carioca em 1951 e foi contratado pelo Botafogo depois da Copa do Mundo da Suécia em 1958, a primeira conquistada pelo Brasil. 

No ano seguinte após sua contratação pelo Glorioso, Zagallo foi colocado no time de aspirantes do clube para recuperar ritmo de jogo, já que estava afastado por quatro meses devido a uma lesão. O ponta-esquerda foi campeão carioca de juniores e voltou para o profissional em 1960.

“Fui escalado para atuar entre os aspirantes do clube. Isso mesmo. Depois de conquistar uma Copa do Mundo, joguei pelos aspirantes do meu time. Acho que, se fosse hoje em dia, o atleta nem aceitaria aquilo. Mas o orgulho que eu tinha de ser jogador do Botafogo, de ter aquela Estrela Solitária no peito, o respeito pela instituição no peito estava acima de tudo”, escreveu Zagallo no livro “A Bíblia do Botafogo”, de Júlio Gracco e Octavio Azeredo.

Como jogador do Botafogo, Zagallo foi bicampeão do Campeonato Carioca (1961 e 1962) e bicampeão do Torneio Rio-São Paulo (1962 e 1964).

Zagallo como técnico de clubes

Como técnico, Zagallo teve passagens por diversos clubes, como Botafogo, Vasco, Fluminense, Flamengo, Bangu e Portuguesa, além de uma passagem pela Arábia Saudita, quando dirigiu o Al-Hilal em 1979.

Entre outras conquistas, ele foi cinco vezes campeão do Campeonato Carioca – duas vezes com o Botafogo (1967 e 1968), uma vez com o Fluminense (1971) e duas vezes com o Flamengo (1972 e 2001) -, uma vez campeão do Campeonato Brasileiro – pelo Botafogo, em 1968 -, e uma vez campeão do Campeonato Saudita, pelo Al-Hilal, em 1979.