Uma sequência negativa no comando do Santos provocou a demissão do técnico Pedro Caixinha, na segunda-feira (14), após quatro meses no cargo.
A situação do português se agravou após a derrota para o Fluminense, no domingo (13), pelo Campeonato Brasileiro 2025.
Situação do Santos de Caixinha
- O time praiano amarga quatro jogos sem vitória;
- A última vez que o Santos triunfou foi em 2 de março, diante do Red Bull Bragantino, pelas quartas de final do Paulistão;
- Além dos resultados ruins, alguns bastidores do trabalho do português junto ao elenco já davam um caminho para sua saída.
Comparação entre Pedro Caixinha e Fábio Carille
Anunciado no fim de 2024, o técnico português chegou ao Santos para ocupar a vaga deixada por Fábio Carille, desligado um mês antes.
Com apenas quatro meses no cargo, Pedro Caixinha apresentou uma sequência de resultados negativos, demonstrando aproveitamento abaixo do antecessor.
Durante o período em que esteve no Peixe, o técnico português comandou 17 partidas, registrando seis vitórias, quatro empates e sete derrotas. Foram 26 gols marcados e 21 sofridos.
Nesse cenário, Caixinha deixa o Santos com aproveitamento de 43,13%, número bem inferior a Fábio Carille, que foi demitido com 64,15%.
Atual comandante do Vasco da Gama, Carille teve 31 vitórias, nove empates e 13 derrotas. Porém, o treinador conseguiu fazer o Santos conquistar o título da Série B do Brasileirão 2024.
Pedro Caixinha analisa momento do Santos e cita força por melhora
Retrospecto de técnicos
Vale destacar que Pedro Caixinha foi o segundo treinador da gestão de Marcelo Teixeira. O atual presidente assumiu o controle do Santos no fim de 2023.
Se comparado ao trabalho de Diego Aguirre, técnico do clube praiano entre agosto e setembro de 2023, o português consegue ter resultado ainda pior.
Com somente cinco jogos no comando do time, o treinador uruguaio demonstrou 20% de aproveitamento, com uma vitória e quatro derrotas.
Na saída de Aguirre, Marcelo Fernandes assumiu interinamente, comandando a equipe santista até a última rodada o Brasileirão. O aproveitamento de Fernandes foi de 49,4% em 29 partidas (12 vitórias, sete empates e dez derrotas).
Naquela ocasião, o Peixe foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, resultando na demissão do técnico interino.
Aproveitamento dos últimos técnicos do Santos
Fernando Diniz – 27 jogos (10 vitórias, sete empates e 10 derrotas) / 45,6% de aproveitamento
Fábio Carille (1ª passagem) – 27 jogos (com 9 vitórias, 10 empates e 8 derrotas) / 45,6% de aproveitamento
Fabián Bustos – 28 jogos (oito vitórias, 12 empates e oito derrotas) / 42,8 de aproveitamento
Lisca – 8 jogos (2 vitórias, 3 empates e 3 derrotas) / 37,5% de aproveitamento
Odair Hellmann – 34 jogos (11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas) / 44,1% de aproveitamento
Paulo Turra – 7 jogos (1 vitória, 3 empates e 3 derrotas) / 28,5% de aproveitamento
Diego Aguirre – 5 jogos (1 vitória – 0 empates e 4 derrotas) / 20% de aproveitamento
Marcelo Fernandes (auxiliar) – 29 jogos (12 vitórias, 7 empates e 10 derrotas) / 49,4% de aproveitamento
Fábio Carille (2ª passagem) – 53 jogos (31 vitórias, 9 empates e 13 derrotas) / 64,1% de aproveitamento
Pedro Caixinha – 17 jogos (6 vitórias, 4 empates e 7 derrotas) / 43,1% de aproveitamento
Pedro Caixinha e Santos não falavam a mesma língua
Portanto, o entendimento era de que o próprio elenco já sentia que a demissão estava próxima de acontecer, principalmente por não atender aos pedidos dos jogadores.
A forma de jogar, sem pressão na perda da bola, ou marcação no ataque, era desejo do time, principalmente de Neymar, que queria jogar para frente. Em entrevista, o atacante falou que já queria voltar a jogar antes, mas que o treinador o "segurou".