O futebol brasileiro encontra-se em meio a discussões acaloradas sobre a possível paralisação do Campeonato Brasileiro, em virtude das trágicas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul.
Diante deste cenário, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) convocou uma reunião extraordinária do Conselho Técnico para o dia 27 de maio, visando debater o tema. Os clubes gaúchos da Série A estão atentos e começam a posicionar-se sobre a questão.
O que pensam clubes gaúchos?
- Presidentes de Inter, Grêmio e Juventude querem paralisação do Brasileirão e de competições continentais;
- Clubes foram fortemente atingidos pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul;
- Clubes pediram à CBF a paralisação do Brasileirão.
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Clubes Gaúchos Unidos
Os presidentes do Grêmio, Internacional e Juventude estão unidos em sua demanda pela paralisação do Brasileirão. Alberto Guerram, presidente do Grêmio, ressaltou em entrevista que o futebol deveria parar, considerando as atuais condições dos clubes gaúchos, afetados pelas enchentes.
Os campos de treino e estádios estão alagados, e muitos funcionários e atletas foram prejudicados, o que torna inviável a realização dos jogos. Enquanto os clubes lidam com os estragos causados pela tragédia, os jogadores engajam-se em atividades de ajuda aos afetados, evidenciando a prioridade dada à solidariedade neste momento.
Posicionamento do Grêmio
Em entrevista ao programa Tá Na Área, do SporTV, Alberto Guerram reafirmou a necessidade de paralisação do futebol diante das condições adversas. O CT e a Arena do Grêmio permanecem alagados, dificultando a retomada das atividades esportivas e impactando diretamente o desempenho dos atletas.
Posicionamento Internacional
Alessandro Barcellos, presidente do Internacional, destacou em entrevista à Gáucha ZH a urgência de considerar a situação das pessoas afetadas pela enchente antes de pensar em retomar as competições.
Com o Beira-Rio e o CT Parque Gigante submersos e parte dos funcionários e atletas sofrendo perdas pessoais, o clube enfrenta um momento delicado que demanda priorização da assistência aos afetados.
“Fornecemos todas as informações para que todos tenham a real dimensão do que estamos vivendo. A partir daí, cabe a quem tem responsabilidade tomar a decisão. Pensamos apenas na sobrevivência das pessoas. Não queremos pensar em jogo, campeonato. Mas a situação de ter partida no dia 28 nos obriga a pensar nisso mesmo com milhares de pessoas fora de casa", disse Barcellos, citando que o adiamento das partidas pela CBF e Conmebol é valido até o dia 27 de maio.
Posicionamento Juventude
Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude, pediu a paralisação temporária do Brasileirão para que os clubes gaúchos possam se reorganizar após a tragédia.
Em entrevista ao Fim de Papo, expressou a necessidade de pelo menos duas a três rodadas de paralisação, visando evitar desequilíbrios técnicos e permitir que os clubes concentrem-se em auxiliar as vítimas das enchentes.
“Estamos todos focados em ajudar a população ao redor de Caxias e mais perto de Porto Alegre, porque não dá para pensar em outra coisa a não ser ajudar a população. Externamos a necessidade de parar o campeonato, até porque senão a gente não consegue nem se organizar, ter o mínimo foco no futebol. Os atletas estão pensando mais em ajudar quem está precisando do que treinar da forma que é possível", disse.
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