A cada quatro anos temos uma edição da Copa do Mundo e muitos torcedores seguem suas seleções mundo a fora, o que não é diferente no Brasil. E um grande exemplo disso foi o “Gaúcho da Copa” que inclusive, virou símbolo da seleção brasileira, corroborado pela CBF e pela Fifa.
Clóvis Acosta Fernandes, que ficou conhecido como “Gaúcho da Copa”, acompanhou o Brasil em Mundiais de 1990 a 2014, mas não pôde estar em 2018, pois vítima de um câncer, veio a falecer em 2015. Seus filhos representaram a família na Europa, mas agora estão com dificuldades de irem ao Oriente Médio.
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Frank, de 44 anos, e Gustavo Damasceno, 37, estiveram ao lado do pai em muitas dessas jornadas mundialistas e decidiram manter a tradição da família. Eles estiveram presentes na Rússia em 2018 e agora, às vésperas do início do torneio no Catar, ainda correm atrás de recursos e de patrocínio para a viagem ao Oriente Médio.
Apenas a três dias da abertura da Copa e a sete da estreia da seleção brasileira, contra a Sérvia, Frank e Gustavo correm contra o tempo para acompanharem a equipe canarinho na busca pelo hexa.
“Nunca chegamos a esse ponto, sem ter a garantia que estaremos lá. A CBF já acenou com os ingressos, fizemos uma parceria com uma empresa chinesa, mas isso não garante nossa estada lá. Seguimos em busca de apoiadores para que possamos viabilizar nossa ida e manter a tradição, as cores do estado, a forma amistosa de torcer”, conta Gustavo.
Filhos do "Gaúcho da Copa" buscam patrocínio para ir ao Catar e manter legado do pai:
– Seguimos em busca de apoiadores para que possamos viabilizar nossa ida e manter a tradição, as cores do estado, a forma amistosa de torcer.
🗞GE
📸AFP#EsportudoNaCopa pic.twitter.com/s1cwI7oBnx— Goleada Info (@goleada_info) November 17, 2022
Além das entradas para as partidas da Seleção, que a Confederação Brasileira de Futebol irá disponibilizar, os irmãos também têm um “acordo verbal” com um brasileiro que reside em Doha para hospedagem, com valor mais em conta pela estadia.
Os interessados em contribuir com os torcedores podem entrar em contato pelas redes sociais (@gauchosnacopa no Instagram e @Gauchosdacopa no Twitter).
Um legado
A saga em Copas, iniciada em 1990 por Clóvis, teve a companhia de um dos filhos pela primeira vez nos Estados Unidos em 1994, com Frank, o mais velho. Quatro anos depois, na França, foi a vez de Gustavo “estrear” nas viagens.
Sete anos depois da partida do pai, os irmão seguem o legado de demonstrar a paixão por futebol e Seleção por onde passam, especialmente em uma Copa do Mundo. A responsabilidade é gigantesca, eles sabem, mas o desejo de continuar a missão do pai é maior.
“Sabemos o quanto é difícil levar isso adiante, não deixar essa história acabar. Costumo dizer que seguiríamos indo, apaixonados pela Seleção, mas com o legado do meu pai é outra coisa, é levar os costumes gaudérios mundo afora, o chapéu, a forma cordial de torcer, não o que se vê em muitos lugares do mundo. Essa é nossa missão”, destaca Gustavo.