Após a publicação da reportagem especial do site Dibradoras, na última quinta (5), apontando denúncias feitas ao diretor de futebol feminino do Palmeiras, Alberto Simão, o clube paulista se pronunciou sobre o tema, rebatendo as acusações. O Alviverde disse, ainda, que deverá tomar medidas judiciais para defender a honra da instituição e dos nomes acusados.
A reportagem traz relatos anônimos e não anônimos de atletas, membros da comissão técnica e funcionários, que acusam o dirigente de xenofobia, abuso de autoridade e negligência. Um deles é o da ex-treinadora Ana Lúcia Gonçalves, contratada para comandar o projeto de retomada do Palmeiras na modalidade.
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Palmeiras emitiu nota sobre acusações
O trabalho de produção da reportagem teria levado mais de um ano e meio. Em nota, o Palmeiras se manifestou negando as acusações, chamando-as de “levianas”.
Ainda no texto, o Alviverde traz a conquista da Libertadores como prova de que a equipe desenvolve um “trabalho competente e sério com essa modalidade”.
Em 2022, a equipe feminina do Palmeiras teve um ano vitorioso, conquistando o título inédito da Libertadores e o Campeonato Paulista. Além disso, a categoria conta com patrocínios fechados que encaminham a modalidade para ser autossustentável, como planeja a gestão da presidente Leila Pereira.
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— Palmeiras Feminino (@Palmeiras_FEM) January 8, 2023
Negligência em lesões, doping e tratamento com jogadoras foram denunciados
A ex-técnica Ana Lúcia Gonçalves afirma que houve negligência desde a procura de moradia e alimentação para as jogadoras, até aos casos de doping no elenco, que teriam sido mal conduzidos por Simão. Mesmo com um retrospecto de nove vitórias em nove partidas, e conseguindo o acesso para a série A1 do Brasileirão, Ana Lúcia foi demitida.
A reportagem também traz relatos de tratamentos diferenciados para algumas atletas do grupo. Falta de cuidados médicos durante as lesões também foram expostos, tendo alguns tratamentos sido pagos do próprio bolso das atletas, segundo relatos anônimos.
Um caso de xenofobia em relação à zagueira argentina Agustina Barroso também foi denunciado. A jogadora teria se envolvido em uma situação de discussões internas às vésperas da semifinal do Brasileirão de 2022, contra o Corinthians. Agustina foi desligada do clube logo em seguida. Os relatos anônimos traziam acusações de tratamento ruim e xenofóbico vindo de Alberto Simão.
Confira abaixo, na íntegra, a nota oficial do Palmeiras:
“A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as acusações levianas, feitas em sua maioria por fontes anônimas, contra os profissionais do nosso time feminino de futebol, em especial o diretor Alberto Simão.
O clube desenvolve um trabalho competente e sério com essa modalidade, como atestam as recentes conquistas da Conmebol Libertadores e do Campeonato Paulista, além da chegada de cinco novos patrocinadores ao longo da temporada de 2022.
O Departamento de Futebol Feminino cumpre com rigor todos os seus compromissos, conta com colaboradores extremamente capacitados em diferentes áreas e, a cada ano, recebe mais investimentos com o intuito de proporcionar às atletas uma estrutura cada vez melhor.
Críticas são bem-vindas e contribuem com o aprimoramento do projeto, contanto que não tenham o revanchismo como norte. Denúncias e insinuações sem fundamento contra a agremiação e seus dirigentes precisam ser provadas por quem as faz; do contrário, não passam de difamação.
O Palmeiras e o diretor Alberto Simão tomarão todas as medidas judiciais cabíveis para salvaguardar a honra da instituição e de todos os profissionais injustamente atacados”.
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