Na manhã desta sexta-feira (23), o jornalista Thiago Ferri, do site GE, noticiou que o Palmeiras foi condenado a pagar R$ 70 milhões à Samsung pela multa rescisória, referente à saída da empresa como patrocinadora do clube.
A empresa de eletrônicos da Coreia do Sul patrocinou o Palmeiras entre janeiro de 2009 e julho de 2010, sendo substituída pela Fiat, montadora de automóveis italiana, durante a gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo.
Quais são os detalhes do caso?
- O contrato do Palmeiras com a Samsung tinha duração até dezembro de 2011, sendo assinado no início da gestão de Belluzzo.
- No entanto, o Verdão não cumpriu todo o acordo, porque a Fiat voltou a estampar sua marca na camisa do clube no meio de 2010.
- Após o Palmeiras comunicar a saída, a Samsung entrou na justiça, exigindo uma indenização do clube pela rescisão do contrato.
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Belluzzo admite erro do Palmeiras em 2010
Em entrevista ao jornalista Danilo Lavieri, do portal UOL, o economista e ex-presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo, admitiu que o clube errou ao não ter feito um acordo com a Samsung pela troca de patrocinadores.
“Eu passei o dia falando com as pessoas da minha gestão na época para entender o motivo. Quando assumi o Palmeiras, tínhamos dívidas que inclusive poderiam resultar em cadeia. Não pagavam impostos, tinha atraso de salário, de imagem e tudo mais. Eu tenho a impressão que usamos o dinheiro que a Fiat nos depositou para outros fins, mas eu não tenho a certeza de como. Estou falando com as pessoas para entender, mas, de qualquer jeito, o que aconteceu na minha gestão é minha responsabilidade”, declarou o ex-presidente do Palmeiras.
Condenação da Justiça não é definitiva
O Palmeiras ainda pode recorrer à decisão da Justiça que condenou o clube a indenizar a Samsung em R$ 70 milhões pela rescisão do contrato de patrocínio. O Verdão sempre adotou a estratégia de recorrer, podendo ainda chegar à última instância, em Brasília.
Em 2021, o Palmeiras havia recebido uma condenação em primeira instância, tendo que pagar R$ 3,5 milhões pela rescisão unilateral, R$ 9 milhões pela quebra de confidencialidade e R$ 4,75 por danos materiais indiretos.
Leila Pereira falou sobre o assunto em janeiro
Em entrevista coletiva concedida em janeiro, somente com a presença de mulheres, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, falou sobre a multa a ser paga à Samsung, expondo valores menores em relação aos que constam na condenação.
“A última vez que o Palmeiras rompeu unilateralmente um contrato de patrocínio, e não foi na minha gestão, hoje tenho um processo judicial de mais de R$ 50 milhões. Temos de ser responsáveis, não estou aqui para aparecer com discurso bonito para torcedor e imprensa. Todas as questões de patrocínio são simples. Tenho que cumprir o contrato. Com qualquer patrocinador”, declarou Leila Pereira, em entrevista coletiva no mês de janeiro.
Quais empresas detinham o espaço máster do Palmeiras antes da Crefisa?
A Crefisa e a FAM (Faculdade das Américas), empresas presididas por Leila Pereira, começaram a patrocinar o Palmeiras em janeiro de 2015. Antes disso, o Verdão teve as seguintes marcas estampando o espaço mais importante da camisa: Kia (2012 a 2013), Fiat (2010 a 2011), Samsung (2009 a 2010), Fiat (2008) e Pirelli (até 2007).
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